31.7.06

Um fim de semana é pouco

(clique no título)

Não fosse a enxaqueca que me acompanhou durante dois dias, tinha sido dos melhores fins de semana que passei; mesmo assim, foi fantástico pela companhia, pelo local e pelo tempo quente que quase nos obrigava a procurar aquele mar refrescante.
Para terminar em beleza, tive direito a uma massagem de relax, durante 1 hora à beira mar e só por 10€.
Se calhar, o facto de serem só dois dias até é bom, é que senão, eu era capaz de me habituar àquilo...

Afinal...


...ninguém acertou, mas ainda bem, porque a resposta era: O vício!!

28.7.06

Adivinhem o que eu guardo


Nas portas do armário pequenino. A resposta vencedora ganha uma peça das que estão lá dentro...
Solução do enigma, só na segunda-feira. Bom fim-de-semana!!!!!!!!!!!!!!!!!

Para que fiquem bem instaladas no fim de semana

(clique no título)

O meu, já vos mostrei onde vai ser, o das minhas “bôchas” vai ser num hotel, pela primeira vez.
Só o faço pela absoluta necessidade, senão, não poderia ir visitar a mana, ou melhor: as manas, que estão lá as três. Sei que o local tem boas condições e sobre o preço, nem sequer falámos, pois é de um irmão de um GNR amigo do meu marido, até é ele actualmente que está a gerir o hotel e apesar de estar cheio nesta altura, arranjou-nos uma vaga que tem sempre guardada para emergências, como é o caso.
Assim, ficam as duas na mesma box, juntas que ficam mais calmas e minimiza as saudades; sim! Que os animais têm saudades, ninguém me diga o contrário que eu não acredito.
Vou preparar o edredon e as doses de comida para os três dias, em sacos separados, pois a Jota precisa de mais quantidade que a Nika, além disso não pode faltar o comprimido para o ácido úrico.
Vou ter imensas saudades delas, sei que em algum momento vou olhar em redor, a ver o que andam a fazer e, não as vou encontrar...acho que vou ligar muitas vezes para lá a saber se está tudo bem, embora eu saiba que se não estiver, ele nos liga imediatamente.
Se eu com as cadelas sou assim coruja, que seria se tivesse filhos...

27.7.06

Para já, estou assim...


e com o fim-de-semana que se avizinha, acho que vou ficar ainda pior...

26.7.06

Meditação do dia

Sempre me conheci pobre de bens materiais e isso pode ser uma vantagem: pelo menos sabemos que o respeito que nos mostram, é pelo que SOMOS e não, pelo que TEMOS...

(esta é minha mesmo...)

Um estado de corpo


(ou será de espírito?)

Chegamos a uma altura da vida em que já abrimos tanto os olhos para dentro de nós mesmos, em que já atingimos a sublime arte de SER, pacificamente e sem grandes sonhos ou projectos, que já nos é permitido o total desfrute do ESTAR.
Só nesta ordem poderemos valorizar a 100%, todas as sensações que o estado de ESTAR, nos suscita.
Quando o TER nunca fez grande sentido, mas apesar disso nos faltava alguma coisa, sempre faltava algo...é nessa altura que nos sentimos atraídos pelo abismo que existe dentro de nós mesmos, iniciamos então a viagem, sem saber muito bem ao que vamos, mas seguimos, temos de ir e é a curiosidade que nos impele. No entretanto, o corpo vai vivendo uma vida que não sentimos como nossa, deixamos que o faça para manter as aparências.
Regressados da viagem, escancaramos os olhos e finalmente: VEMOS...podemos então, contemplar.
E nesta viagem a que chamaram vida, é nesse estado supremo que estou: depois de SER, só ESTOU e CONTEMPLO...

P.S. este texto deveria ser editado com uma foto, mas o blogger não deixa fazer o upload, sorry)

P.P.S. finalmente à 20ª tentativa e às 3 da tarde, lá consegui colocar a foto.

24.7.06

YESSSSSSSS!!!!!!!!!!!!!

(clique no título)
O meu estimado cunhado conseguiu convencer o meu marido a ir passar um fim de semana com eles, neste magnífico local; ando há uns anos largos a tentar, mas sem sucesso e agora, bastou um telefonema do "tiozinho" e lá vamos nós no próximo fim-de-semana até ao Algarve, só o faremos na certeza de passar uns dias sossegados, praia nem vê-la (cheia de gente, para mim não dá), vai ser mais uma fartazana de comer, beber e disparatar, que a vida também é para isso...

23.7.06

Mas o mais triste,


é que ainda há piores...

22.7.06

Até para o ano

Sem vizinhança a incomodar


Este ano fui afortunada com as férias, em primeiro lugar porque o tempo esteve fantástico nestes 10 dias, o mar estava quente contrariamente ao habitual, no Parque estavam poucas pessoas e na zona que escolhemos não havia quase ninguém. Dita a experiência que aquele é o único sítio onde só não há sombra, durante 1 hora que é, entre as 13 e as 14h, mas resolve-se o problema afastando a mesa para outra sombra, pois espaço é que não falta e assim, mantém-se a tenda sempre fresca.
Como só faço praia de manhã, pude apreciar a vida dos meus vizinhos, a saber: Uma pata e seus três filhotes, todos muito obedientes e ávidos de coisas novas e sobretudo, muito, mas mesmo muito higiénicos, pois passavam grande parte do tempo a limpar as penas; uma galinha de água e sua cria; as rolas que abundavam no Parque e lutavam por um pequeno tronco no meio do lago, quando iam beber; as garças que desfrutavam da sombra; os pombos bravos e demais passarada, só os noitibós é que não paravam por lá, tinhamos de ir pelas estradas florestais de noite, para os ver poisados no saibro quente da estrada com os olhos a luzir, eram às dezenas...
Quem é que precisa de animação para além desta?...

21.7.06

Amanhã, acabou-se...


O acordar ao som dos pássaros à beira deste lago e apreciar os patos nos seus banhos meticulosos. Acabam-se os dias relaxados, sem cozinha ou casa para limpar, as refeições de peixe grelhado e saladas, acabaram-se os dias descomplicados e tudo vai voltar à rotina do costume.
Ficam as memórias que irei partilhando convosco e agora seguem-se os fins de semana prolongados no campo, onde os atractivos são outros, sobretudo os gastronómicos que a mãe prepara. Não sei se estarei louca, mas sinto-me feliz e afortunada!...

16.7.06

Coitadito


O meu companheiro de tantos acampamentos, única peça de cozinha que sempre nos acompanhou, artífice de magníficos grelhados e testemunha fraterna de refeições bem regadas; deu-lhe um fanico e, num estertor de morte, deixou cair o fundo e adormeceu para sempre, tombado nas suas cinzas...
(ó pá, isto é poético, carago!)

P.S. Nunca compreendi como é que o desgraçado se aguentou tantos anos, tão comidinho pela ferrugem. Mas eu nestas coisas sou muito conservadora não gosto destes grelhadores modernos, como tal, tratei de comprar outro parecido.

13.7.06

Finalmente!


Consegui agarrar o cão; bora lá para a praia...

12.7.06

Este ano são duas...


Portanto estou a ver os estragos a dobrar...


Começaram os preparativos para amanhã ir montar a tenda e "abancar" na sexta-feira. É perto e bom caminho, 40 e poucos Km daqui a Mira Praia, mas gosto do sossego, e da proximidade do Orbitur à praia e da possibilidade de ficar em praias sem ninguém ou quase, nos 8 ou 9 Km, que a separam da Tocha.
Tem de ser perto, por causa dos aquários; isto de ter bicharada é muito lindo, as cadelas ainda se podem levar connosco, aquários de água quente é que é mais complicado...
A Nika, quando vê ensacar e emalar, rejubila de contente e associa logo a passeio, então anda efusiva e ri-se por tudo e por nada, não é força de expressão, ambas se riem quando estão contentes ou comprometidas; um dia hei-de tentar fotografá-lo.
Lá vão as duas (a Nika, pelo menos) dar que fazer aos desgraçados dos patos, já que a Jota não é tão amiga da água.
Assim, a minha comparência será intermitente, tanto aqui, como "à hora da bica, no café da esquina" (if you know what i mean...)
Amanhã ainda por aqui vou andar, a meter nojo mais um bocadito...

Mais uma do Joãozinho


Rima do Joãozinho!
- Lá vai o canguru com uma flor no cú.
A professora diz:
- Joãozinho, isso não se diz! Vá já fazer outra rima!
Passado algum tempo a professora pede ao Joãozinho para ler a sua nova
rima e ele diz:
- Lá vai o Canguru com uma flor na bochecha, só não a leva no cú porque
a professora não deixa.


(desculpem lá, mas está muito calor para pensar...)

11.7.06

Assassina…


Ela entrou. Um sonho! Esta mulher não existia. Escultural, linda!
Basbaque, esqueceu o café. Bebia-a quente, em golos suaves. Saboreava os gestos: O da chávena na boca; o do cigarro nos lábios. Sentiu-lhe o baton e entrou naquele olhar, soprou-lhe na curva da nuca, no pescoço. Mediu-lhe milimetricamente o tailleur exacto, tomou-lhe a firmeza das ancas. Tocou-lhe nos joelhos, deslizando pelas pernas, no quente-frio da Lycra, demorando-se nos tornozelos, nos saltos…
Nos dias seguintes Ela lá estava, cada vez mais perfeita. Aquele andar, sempre os olhos, o cigarro nos lábios…
Quinto dia. Hoje estava decidido a falar-lhe. Imaginava-a na sua cama, na sua vida até ao fim dos dias. Ela chegou e ele cumpria o ritual voyeur.
Contudo nessa manhã o script falhou. Isto é, quando do cigarro dela deveria sair aquela primeira nuvem, que lhe embaciava o olhar encharcando-o em sex-appeal, nada. Cigarro apagado. Ela remexia com indisfarçável incómodo os conteúdos da sua mala, percebendo-se que explorava já as camadas inferiores. Lume! Não tinha lume! Deus existe! Quando ele se preparava para a abordar e já tinha à vontade meio caminho percorrido, eis que Ela se vira para o tipo do balcão e dispara:
- Tens frófos?

(recebido por e-mail)

10.7.06

Simplex


Como já todos ouviram ou leram, o nosso Primeiro anda sempre com o Simplex na boca. É um não mais acabar de “desburocratizações” , como chama à nossa já tardia adesão às novas tecnologias, na agilização do acesso aos serviços públicos ou outros.
Era suposto o site netemprego.gov.pt ter sido criado para agilizar o circuito empregador/empregado, sem tornar mais caótico o papel do IEFP.
No primeiro dia foi impossível aceder à página, em virtude da enorme quantidade de pessoas que o tentavam fazer ao mesmo tempo. No segundo dia lá consegui efectuar o registo, embora sem grande esperança, pois a base de dados reporta-se unicamente aos pedidos dos empregadores, feitos ao IEFP e que raramente são alguma coisa de jeito, no país das “cunhas”; mas como já estou inscrita noutros portais de emprego, era mais um. Por acaso até calhou aparecer um anúncio mais ou menos adequado ao meu perfil e respondi; apesar de ter mencionado que pretendia receber no e-mail as ofertas para a minha área, até à data isso nunca aconteceu e já visitei várias vezes a página cingindo a busca à região onde vivo e aparecem anúncios que se enquadrariam no que pretendo.
Na sexta-feira passada recebi uma carta para me apresentar hoje de tarde no Centro de Emprego, cujo assunto era: Activação da adesão ao Netemprego...
Achei aquilo estranho mas lá fui, pois eles ameaçam logo com perda do subsídio etc. etc. Como sempre, as pessoas já estavam no passeio, pois lá dentro o espaço nunca chega para metade dos utentes, 15.30h da tarde, um calor sufocante e ali, nem uma sombrinha. Mostrei a carta, disseram-me que teria de tirar uma senha e aguardar; desta vez tive sorte e só esperei meia hora, até entrar e falar com a funcionária e saber ao certo do que se tratava.
Então fiquei a saber que, como tinha respondido a um anúncio e o empregador tinha entretanto suspendido o mesmo, provavelmente por já ter preenchido o lugar, convocaram-me só para me dizer o que acabei de referir...confesso que devo ter ficado com ar embasbacado a olhar para a funcionária, enquanto lhe perguntava, se o portal não tinha sido criado para facilitar a vida a todos, sem obrigar a deslocações desnecessárias e se pensavam que a fortuna que recebo de subsídio, dá para andar a passear para o IEFP e se esse programa tão inovador, ainda não conhecia o comum e-mail, para este tipo de situações. Dito isto, virei costas e vim embora, com uma “telha” do caraças, de volta ao calor sufocante da rua.
Quem vive ou conhece Coimbra, sabe que o IEFP fica quase ao pé de um dos nós rodoviários mais movimentados da cidade, que dá pelo nome de Casa do Sal, sempre cheio de filas de carros; não é que no meio daquele inferno de trânsito, aparece um rebanho de cabras sem ninguém a apascentá-las e fica a pastar nas bermas da estrada e de um dos cruzamentos com mais trânsito? ...até alguns transeuntes as terem afugentado para uma zona verde que vai dar atrás do cemitério da Conchada, mais acima.
Passou-me logo a telha com aquela visão caricata, e dei por mim a trautear o antigo “êxito” : “La Cabra, la cabra, la puta de la cabra, la madre que la parió...”

Coroado de luz


Assim terminou um fim de semana quente e bem passado.Sou quase sempre a última a vir embora, pois custa deixar o aconchego da mãe e as suas iguarias. Mas depois de um jantar só de caldo verde, pois os excessos anteriores mais não permitiam, rumámos de volta a casa, tendo de um lado uma lua quase cheia a irromper no cimo dos montes e do outro lado, um horizonte cor de fogo, pressagiando mais um dia quente. São duas da tarde e continuo em jejum, ainda não digeri aquelas delícias e tenho a sensação de que, se comer algo aqui, me vai saber mal; prefiro continuar a degustar a memória...

9.7.06

Ainda estou assim...


Depois do fim de semana na serra, com um arroz malandro e chanfana, absolutamente deliciosos, uns copitos de vinho branco e uma deliciosa Morangoska, que a mana Lima preparou, ainda nem estou bem em mim.Para terminar, um caldinho verde com couve acabada de colher, foi como ouro sobre azul!
Pode ser que amanhã me recomponha...

8.7.06

Neste fim de semana


Muito cuidado com os excessos de velocidade, é que: "eles andem aí..."

7.7.06

Sinais claros


A má vizinhança manifesta-se por vezes muito sub-reptíciamente, noutros casos, nem por isso...

Deixa cá ver


A Sagres não me caiu muito bem, no Portugal-França; agora para ver o jogo contra os alemães, convém escolher bem por causa das indigestões...

6.7.06

5.7.06

Consequências do 1-0


Nem ai, nem ui! Agora alombas tu com a grade e ainda vamos ver se aceitam a devolução; sempre com a mania das grandezas, tu e os teus feelings...

Vamos nessa!!!!!


Que a bênção do quetzal
Nos acompanhe nesta fase
Até rima com Portugal
Mesmo nas suas cores base.

Hoje às 8 o país estaca
Para ver jogar Portugal
E o pessoal embasbaca
Numa ansiedade mortal.

E em frente ao televisor
Todos sofrem, gritam ou ralham
Que Portugal é o maior
E é nos franceses que malham.

Ave sagrada rubra e verde
As cores da nossa Nação
Nesta fase já não se perde,
Dão-se Vivas, à Selecção.

Com um pontapé no traseiro
Vamos correr com os franceses
E mandá-los p’ró galheiro
Ou não sejamos portugueses.

É nossa agora, a vingança
Pelas desfeitas anteriores
Na Selecção está a esperança
De não sofrer dores maiores.

Já compraram a garrafita
Para festejar no final?
Pode ser mesmo da pipa
Para brindar a Portugal!

Seja qual for o resultado
Já ganhámos ao chegar aqui
Se a vitória for do outro lado
Terei de apagar o que escrevi...

4.7.06

Abordagens


Há cerca de 30 anos atrás, quando a casa da minha mãe era o que se apelidava na altura, de Casa de Hóspedes, foi para lá viver um Senhor já com oitenta e tal anos e que, segundo ele e os cartazes que ainda possuía, tinha sido o primeiro palhaço português e o seu apelido fazia jus à profissão, pois era o Sr. Graça.
Como era baixinho, tinha uma almofada que levava para colocar na cadeira, quando ia comer, mas levava-a sempre à cabeça, enquanto cantarolava ou dizia umas graçolas. Era uma jóia de homem, sempre alegre e pronto para a brincadeira.
Não me lembro ao certo quantos anos lá esteve connosco, apesar da sua sobrinha e demais família viverem ao fundo da rua, numa casa muito bem posta, pois eram pessoas de muitas posses, ligados à ourivesaria. Sei que começou a ficar com necessidades a nível de cuidados médicos, que não tínhamos capacidade de proporcionar, nem tampouco a vocação da casa era essa.
Apercebemo-nos disso, quando uma vez depois de ter ido ao médico, se queixava de uns certos comprimidos, que segundo ele, eram muito difíceis de engolir. Tomámos aquilo como uma queixa mais, vinda de um doente que começa a estar farto de tantos medicamentos, mas não demos importância. Até que a sua insistência a falar do assunto, suscitou a curiosidade da minha mãe, que lhe pediu para lhe mostrar os ditos comprimidos.
Afinal eram supositórios...o desgraçado do homem, bem que se queixava, estava também a fazer a abordagem, pelo lado errado.
Problemático foi também explicar-lhe, a forma correcta e o sítio por onde deveriam ser administrados, mas isso é outra estória...

3.7.06

O cartaz já tem 4 anos


Mas a festa é de agora! Começa hoje à meia-noite, com mais um espectáculo pirotécnico a não perder nas margens do rio e animação cultural e lúdica, por toda a cidade. Quem estiver perto, aconselho uma visita, se for preciso eu dou umas dicas, ok?

2.7.06

Voltando às estórias verídicas


Sempre li que uma das características do meu signo (Sagitário), é a tendência para o exagero, o que no meu caso até é verdade. A título de exemplo, em vez de dizer: já te disse mais de dez vezes. Digo: já te disse trezentas mil vezes...e coisas assim. Mas a estória que hoje vos vou contar, limita-se a um relato o mais fiel que me é possível, embora possam pensar o contrário e até eu ao viver a situação, me questionei se aquilo estava realmente a acontecer e da forma que o estava...
Alguns de vós já me ouviram falar da minha falecida cadela Jamie Lee, que era arraçada de Leão da Rodésia e tinha uma raiva de estimação pela generalidade dos outros animais, particularmente por gatos e sobretudo, por ratazanas.
A dada altura em que estava com o cio, deixámo-la fechada em casa, mais ou menos durante uma hora e quando chegámos, a porta da cozinha que dá para o quintal, já tinha um buraco onde ela quase conseguia meter a cabeça, como a porta era de madeira, encarregou-se de a roer num instantinho. Decidimos substituir a porta, pois já não estava em muito bom estado e com o buraco, pior ficou. O facto é que enquanto não foi substituída, entravam por lá alguns ratos que a Jamie se divertia a caçar e a matar, acho que poucos tinham hipótese de passar da cozinha para dentro.
Um dia, estava eu sozinha em casa e fui a um dos quartos que na altura se limitava a ser uma divisão com mobílias desmontadas e onde guardava as coisas que ainda não tinham lugar destinado, após a troca de divisões que havia feito; quando abri a porta, vi aquilo que de relance me pareceu um gato preto, que se enfiou debaixo de um guarda-vestidos, quando o tentei afugentar para ele sair, apercebi-me de que não era um gato, embora o tamanho fosse em conformidade, a forma e sobretudo a cauda, não o eram: era uma enorme ratazana, que fugia de canto para canto. Eu não tenho medo de ratos, tenho é nojo, sobretudo de ratazanas. Fechei de imediato a porta, para poder digerir o que acabava de ver e resolver o que podia fazer. Lembrei-me da Jamie, mas ela tinha saído com o meu marido e dado o tamanho do bicho, confesso que não tinha coragem de a colocar lá dentro.
Estava eu encostada à porta que tinha fechado com o trinco, quando começo a sentir algo a puxá-la do lado dentro, tentando abri-la; fiquei logo a bater mal com a força que estava a ser exercida, tratei de fechar a porta à chave. Nós tínhamos tirado todas as alcatifas da casa e todas as portas ficaram com uma frincha no fundo, correspondente à altura da alcatifa que lá estava, que não era muito larga, mais ou menos 1 cm; da parte da fora da porta estava um pequeno tapete, com o qual tentei tapar a dita a fresta, quando dou conta, o tapete estava a ser puxado para dentro com tanta força, que começava a escapar-me por baixo dos pés, decidi agarrá-lo com as mãos e puxá-lo quando vejo que a parte que tinha sido puxada, estava feita em franjas e perante essa visão, fiquei petrificada e o tapete desapareceu de uma vez, debaixo da porta....
Confesso que o meu coração já estava tão acelerado e o que sentia, era medo, mesmo. Não queria acreditar naquilo, e só ouvia sons de coisas a rasgar e uma espécie de gritos agudos, vindos de dentro do quarto; nem conseguia pensar com clareza, mas tinha de arranjar maneira de tapar a fresta para ela não se escapar, quando comecei a sentir os tacos do chão a mexer, não são propriamente pequenos, têm 20x7 cm e estavam colados, começou a arrancá-los do chão, um por um, primeiro lá dentro e depois avançou para os que estavam debaixo da porta, eu bem queria calçar 48 ou assim, nesse dia, mas os meus pés não chegavam para os segurar a todos, então, puxei uma cadeira que estava perto e deitei-a de lado e sentei-me em cima dela, para segurar aquela fileira de tacos, que a desgraçada não desistia de tentar arrancar.
Não sei quanto tempo ali estive sentada, a ouvir o reboliço dentro do quarto e o raspar dos tacos, até que sossegou e eu pude levantar-me dali, sem conseguir acreditar bem no que tinha vivenciado.
Felizmente o meu marido não demorou a chegar, na altura não era comum ter telemóvel, daí a impossibilidade de o apressar no regresso. Expliquei-lhe o que sucedera e ele quando viu o aparato à porta do quarto, sei que pensou que eu tinha exagerado, pois quando me levantei dali, coloquei uma arca pequena em cima da cadeira para fazer peso; e espreitou para dentro do quarto e viu-a a correr direita à porta, que fechou de imediato com ar meio assombrado e chamou a Jamie; ainda o tentei demover, mas ele estava confiante que a cadela não teria problemas em limpar o sarampo à alimária. À Jamie, parece que já tinha cheirado, pois veio com o pelo eriçado e a guinchar de satisfação, deixámo-la entrar e fechámos a porta...
O que se seguiu, foi uma sucessão de sons estranhos, desde guinchos, rosnadelas, unhas a derrapar no chão, a Jamie a guinchar com a adrenalina (não sei se os cães têm), mas era o som que fazia quando estava nervosa e contente ao mesmo tempo, até que ao fim de uns minutos, fez-se silêncio...abrimos a porta e a Jamie estava com o seu troféu aos pés (ou patas, como queiram), a boca ensanguentada e a abanar a cauda de satisfação.
Nunca tinha visto uma ratazana daquele tamanho e como na altura tampouco tinha máquina fotográfica digital, não pude fotografar a alimária para atestar a veracidade daquilo que vos contei, mas acreditem que não existiu ponta de exagero na minha narrativa, foi mesmo assim.

Vá, fica quieto mais um bocadito, que só falta lavar as orelhas.

1.7.06

Os Deuses vão estando do nosso lado


Parece que só o futebol tem este poder aglutinador nas gentes deste país. Veste-se a gente e as janelas com as cores da Selecção Nacional, dão-se Vivas e canta-se o Hino com outro fôlego e lágrimas nos olhos.
Passaram às meias-finais, veremos onde conseguem chegar com a sua Fé, uns na Srª de Fátima, outros, só em si mesmos. Parabéns Selecção!! Acho que já merecem por tudo o que têm sofrido (e feito sofrer) até aqui; só tem de correr bem, pois até a ave sagrada, o Quetzal, veste as nossas cores!