19.6.05

...Reticências...

Já devem ter reparado que uso muito as reticências...que como diz o Prontuário Ortográfico: “indicam a omissão de palavras, deixando-se à inteligência de quem lê, o vocábulo ou vocábulos que ficaram em suspensão.”
Uso-as tanto ortograficamente, como em termos de raciocínio; deixo sempre algo à consideração de cada um no tocante a opiniões ou posturas, dado que fundamentalismos nunca foram o meu forte. Como boa Sagitariana que sou não gosto de me sentir espartilhada pelo que quer que seja, e sempre me irritou o “politicamente correcto”, e os juízos de valor em função das primeiras impressões; não gosto, enervam-me os prudentes que gostam de tecer considerações sobre o :”e se por acaso...” e à conta deste intróito dão asas aos mais desastrosos cenários, e a todos os eventos tenebrosos que a imaginação possibilita; são, no entanto, livres em tal postura e expressão de opinião.
Vou mantendo e escrevendo neste meu blog, como quem puxa mais uma cadeira para junto de uma mesa de tertúlia, na qual nos sentimos em casa, que é como os amigos nos fazem sentir...vou escrevendo o que me dá na gana, aproveitando para limpar a alma nos seus dias de negrume e não espero comentários, embora goste de saber as opiniões dos mais próximos, sobre alguns assuntos que trago à “baila”. Nunca me preocupou muito (nem pouco) que ideia farão de mim os que me lêem, e não tenho o mínimo problema que saibam quem está por detrás do blog, como é a minha cara, onde vivo e o que faço.
A sociedade já me aprisionou de diversas maneiras, e eu própria já criei as minhas prisões, e foi difícil libertar-me de algumas delas, e de outras foi mesmo impossível, no entanto cada ano que passa me sinto mais livre e cada vez gosto mais desse facto; assim, busco agora coisas que me libertem, para colocar em contraponto ao que não é possível fugir.
Tudo isto só para dizer que vos pode parecer sem nexo, muita coisa que aqui coloco, ou podem achar difícil de comentar e muitas vezes não é para comentar de todo, coloco-as porque simplesmente: apetece-me! Há dias que amanheço triste e apetecem-me imagens nostálgicas, outros porém, amanheço alegre a apetecem-me umas larachas, nuns dias mais picantes que noutros, mas acima de tudo: faço o que me apetece...

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