25.8.05

complexidades




Acordo às altas horas do costume
Por entre a chama azul da papelada
Cansado de viver a apagar lume
Quando tudo o que sonho é fazer nada.

Releio a tua tese do ciúme
Na carta que escreveste despeitada
Dizendo: não há nada que arrume
Essa cabeça tão “desarrumada”

E quem diz que tu não tens razão?
Logo que eu penso gato há sempre um cão
Por dentro da cabeça a persegui-lo.

O que não tenho é alma de bombeiro:
Já enchi de beatas o cinzeiro
E não consigo um sonho mais tranquilo

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