24.1.06

Um outro olhar...


Só p’ra chatear, desta vez não me venho lamentar como sempre, e sim, para tentar ver o lado positivo das coisas, senão vejamos:

Começando pela família, é do melhor que pode haver; gente divertida, inteligente e amiga das coisas boas da vida, uma família unida quando é preciso, onde toda a gente ser quer verdadeiramente bem, e não como vejo à minha volta, só sorrisos falsos e invejas atrofiadas, maus fígados e falta de humildade.

Tenho um marido que me ama e o demonstra há já muitos anos, não me chateia, não me trata mal, é divertido e bondoso, e apesar de adorar “gaijas”, sei que se alguma “marchar”, não será por amor, concerteza...e tampouco é assunto que preencha os meus pensamentos, ou me cause inquietação. Contra muito boa gente que passa a vida a revistar os bolsos e os papéis do marido, e a ver se há batôn nos colarinhos, e à primeira piscadela de olho e promessas de compreensão, do seu sofrimento e angústia...abrem-se todas, na procura do prazer que se lembram vagamente que existe...

Tenho uma casa mais ou menos grande, e a sorte de ter uma renda inferior a 30€, tenho jardim, quintal e garagem no centro da cidade e duas cadelas que me enchem de mimo, ao ponto de eu achar que todo aquele que lhes dou, nunca será nem um “cagagésimo” do que elas me dão. Contrariamente a quem vive nos subúrbios a pagar rendas impensáveis, por verdadeiros tugúrios.

Tenho muito trabalho todos os dias, e ainda bem, pois se não o tivesse, poderia ser sinal de que a breve trecho, seria mais um número na estatística do desemprego.
Tenho uns colegas de trabalho 5 estrelas, um trabalho com um salário de 600€ e tal, um patrão que ainda dá bolo rei no Natal, e amêndoas na Páscoa e um premiozito anual ao pessoal, e boas condições técnicas de trabalho, e anda quase sempre com um sorriso e a brincar. Há por aí muitos ambientes de trabalho de “cortar à faca”, patrões que andam com uma cara sempre parecida com uma bota da tropa, rotinas de dar em autómato, e salários de miséria.

Tenho a sorte de ter um refúgio de fim de semana, verdadeiramente paradisíaco e acolhedor, a poucos Km daqui, onde desabafo com a minha melhor amiga e ouço os seus conselhos, embora nem sempre os siga, sabendo que todos os meus queixumes são por coisas tão mínimas, ao pé dos que ela teve durante a vida, mas dá-me força para ser digna de ser sua filha, e cada dia que passa faz-me sentir mais e mais orgulho, de ela ser minha mãe.

E, finalmente, eu até tenho um Blog....e há amizades feitas aqui, há gozo puro, ou simplesmente alegria e boa disposição; vem cá gente em passeio por este universo da blogosfera, ou vêm os “habituées”, nem que seja para dar uma descasca, ou simplesmente para dizer: bom dia!

Portanto estão a ver, eu até sou uma criatura feliz.....

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