16.2.06

Estrada de lombas



rastejo para lá da luz e dos rumores
acocorada no frio das memórias
que estremecem as mãos e o resto.
e não há flores nem maresias naquele
vazio de ondas tormentosas,
nas praias da saudade,
resta a agonia e o enjoo de mim;
uma solidão inadiável
e uma brusquidão sem fim,
que me revolve, inefável...
continuo a passear-me pelas
lombas desta estrada, à qual
costumam chamar: vida.

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