13.2.06

O culto da sobranceria, ou a absoluta estupidez...




Como algumas pessoas já sabem, vivo numa casa alugada que o senhorio não quer vender, nem tampouco efectuar muitas obras que se impõem, tanto na canalização, como nas madeiras das janelas.
O sacana já perdeu duas acções de despejo, aquando da morte da minha sogra, alegando que não tínhamos direito à casa, pois não vivíamos lá nos últimos 2 anos antes da morte da senhora, o que não conseguiu provar em Tribunal, e nós conseguimos provar o contrário, e foi condenado a actualizar a renda anualmente na percentagem em vigor, o que na altura (finais dos anos 80), ainda em Escudos a renda era de 1.200$00, estando actualmente a pagar 27.94€ , por uma casa excelentemente situada e enorme, com quintal e garagem e jardim...
Calhou-nos o pior dos irmãos (eram 3 herdeiros, indianos), que ainda por cima é advogado e não precisa do dinheiro para nada, o meu vizinho do 2º andar, que é juiz reformado, comprou a casa por 13.000 contos e renovou-a toda.
O do meio que tem a mania que é de alguma casta superior, tem o ar mais desprezível e sobranceiro que se possa imaginar, pedante até dizer chega, internou a mãe num lar e usurpou-lhe a casa, que continua alugada, na qual fez obras que alteraram, inclusivamente a estrutura da casa, sem qualquer licença, mas pior que isso foi o facto de ele as fazer, com “caroqueiros”, ao fim de semana e de noite, durante 2 anos quase, andou esta alma a levar com as obras e a falta de civismo dos operários e todo o lixo e barulhos que isso acarreta.
A “coisa” ficou tão bem feita, que ao fim de um mês já eu andava com infiltrações na cozinha e casa de banho de apoio (as casas antigas tinham os aposentos da criada ao pé da cozinha, incluindo uma 2ª casa de banho), a qual começou rapidamente a ficar verde; claro que o chamei, tudo estava a empolar e a “verdejar”, sinal que haveria uma rotura na canalização no andar superior, e disse-lhe delicadamente que olhasse e tirasse a conclusão que se impunha, ao que ele me respondeu, com a maior cara de pau: que estranho, a casa de banho foi revestida a azulejo novo, eu nem sequer pintei nada de verde...
Devo dizer que emudeci, e devo ter demorado uns segundos a digerir aquilo, sem saber se desatava a rir, ou se dava um murro no boi do Minho; escusado será dizer, que nenhuma das duas, consegui conter-me e explicar-lhe que aquilo eram organismos vivos que se formam quando as condições, blá, blá, blá...
É verdade já me esquecia, esta conversa teve lugar, há aproximadamente 2 anos e nada foi feito, nem por ele , nem pelo senhorio que já viu o estado em que isto está, claro que está a piorar, como poderão constatar pelas fotos.

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