26.7.06

Um estado de corpo


(ou será de espírito?)

Chegamos a uma altura da vida em que já abrimos tanto os olhos para dentro de nós mesmos, em que já atingimos a sublime arte de SER, pacificamente e sem grandes sonhos ou projectos, que já nos é permitido o total desfrute do ESTAR.
Só nesta ordem poderemos valorizar a 100%, todas as sensações que o estado de ESTAR, nos suscita.
Quando o TER nunca fez grande sentido, mas apesar disso nos faltava alguma coisa, sempre faltava algo...é nessa altura que nos sentimos atraídos pelo abismo que existe dentro de nós mesmos, iniciamos então a viagem, sem saber muito bem ao que vamos, mas seguimos, temos de ir e é a curiosidade que nos impele. No entretanto, o corpo vai vivendo uma vida que não sentimos como nossa, deixamos que o faça para manter as aparências.
Regressados da viagem, escancaramos os olhos e finalmente: VEMOS...podemos então, contemplar.
E nesta viagem a que chamaram vida, é nesse estado supremo que estou: depois de SER, só ESTOU e CONTEMPLO...

P.S. este texto deveria ser editado com uma foto, mas o blogger não deixa fazer o upload, sorry)

P.P.S. finalmente à 20ª tentativa e às 3 da tarde, lá consegui colocar a foto.

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