17.1.06

E tornou a dar-lhe...



Já estou farta de andar
A saltar de crise, em crise;
Isto tem de terminar,
Ou não me chame: Ivette Marise.

Que merda de vida esta
Que nunca mais vai ao lugar
Se hoje é dia de festa,
Amanhã, é só chorar

Ando por aqui aos tombos
Ao sabor da tempestade
O que restará nos escombros,
Alguma vida, ou só saudade?

Tenho saudades da vida,
Outras vezes de coisa alguma,
Mas dói-me sempre esta ferida,
Apesar de não se ver nenhuma...

Se não fosse a companhia
De vocês, que são porreiros
Não sei o que aconteceria
A estes meus versos foleiros.

Ficavam num qualquer canto,
A mofar, como os demais,
Abafados no escuro manto,
Dos esquecimentos banais.

Foi mais um desabafo meu,
Neste canto de conveniência
Quem até aqui já leu,
Já lhe gabo a paciência.

Não façam caso de mim
Nem das minhas agonias,
Isto é porque eu sou assim,
Como o Bartolomeu, que tem Dias...

Já ‘tou a perder a gana
Até estou com ar de mono
Eu vou mas é para a cama,
Que isto deve ser é sono...

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