19.4.06

Ocaso



OCASO

Oh, se a tarde pudesse esperar
Que do meu peito se soltassem as aves
E os meus braços se desenvencilhassem
De todos estes ramos e raízes,
Se pudesse esperar que sacudisse as folhas
Que me cobrem e me inclinasse
Para escorrer as águas dos meus olhos.
Espera um pouco, deixa-me ajeitar
Os brincos de princesa que me pendem
das orelhas; deixa que o vento me penteie,
para podermos então dar as mãos
e correr, deixando um rasto de mil cores
rumo ao horizonte...

Ivamarle, 19.04.06

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