7.4.06

Ser Português(a)





Num país onde muita preciosidade se destrói, para dar lugar a verdadeiros mamarrachos, onde se constroem verdadeiras aberrações, por vezes revestidas a azulejo na sua pior forma: uma mistura de sobras de azulejos de cozinha e casa de banho de várias cores, cuja característica comum será mesmo só o tamanho (quando é...), ou que são mal enquadrados na região onde se situam, sendo um exemplo evidente disso, as casas de montanha de telhados inclinados, revestidos a preto e quase sempre com um torreão (ah, valente!!) construídas decerto por algum emigrante nalgum país do centro da Europa, perto de uma qualquer praia do centro ou sul; eu continuo a ser adepta da reconstrução, o mais possível dentro do estilo característico das regiões onde se situam, embora essa opção não seja a mais barata, é seguramente, a mais sensata.
Nestas fotos está um exemplo daquilo que advogo, (poderão ampliar, clickando sobre a imagem). Numa zona de xistos, onde antes existia uma ruína, optou-se por um projecto perfeitamente enquadrado na arquitectura da região, não sendo embora a traça tradicional, mantiveram-se alguns pormenores exteriores para além do xisto, tanto nas paredes como nos telhados e as janelas de guilhotina.
Brevemente vai ser feito algo nos mesmos moldes, numa casa que só ainda não é uma ruína, porque a sorte tem intervindo e conseguiu-se comprá-la a tempo, pese embora o facto de ter de ser totalmente demolida e reconstruída de novo, pois há zonas em que a pedra ou por ter muitos anos, ou por ser onde estavam encostadas salgadeiras, se deteriorou de tal forma que se está a desfazer, literalmente.
Gosto de casas de xisto ou granito em regiões serranas, e também gosto de uma bela casa branca e azul na planura do Alentejo, gosto das particularidades do meu país e quero preservá-las, acho que isso também é exercer a minha cidadania e enaltecer o meu patriotismo.

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