31.8.06

Este é que é complicado


Ontem o Francisco dizia que a imagem que editei, dava um belo Puzzle, embora talvez a parte de cima fosse complicada de fazer. De imediato lembrei-me deste puzzle que tenho e que, apesar de ser só de 1000 peças, me deu umas dores de cabeça jeitosas quando o fiz, acho que o porquê está à vista, não? Apesar de não ter conseguido um scan perfeito, dá para ver que muitas das peças só as consegui encaixar pela forma...

30.8.06

Porque me apetece

J. Yerka

Bohemian Rhapsody
( Queen )

Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes, look up to the skies and see
I'm just a poor boy, I need no sympathy
Because I'm easy come, easy go, little high, little low
Any way the wind blows doesn't really matter to me, to me

Mama, just killed a man
Put a gun against his head, pulled my trigger, now he's dead
Mama, life had just begun
But now I've gone and thrown it all away
Mama, ooh, didn't mean to make you cry
If I'm not back again this time tomorrow
Carry on, carry on as if nothing really matters

Too late, my time has come
Sends shivers down my spine, body's aching all the time
Goodbye, ev'rybody, I've got to go
Gotta leave you all behind and face the truth
Mama, ooh, I don't want to die
I sometimes wish I'd never been born at all

I see a little silhouetto of a man
(Scaramouche, Scaramouche) Will you do the Fandango?
Thunderbolt and lightning, very, very fright'ning me
(Galileo) Galileo (Galileo) Galileo
Galileo, figaro (Magnifico)
I'm just a poor boy, nobody loves me
(He's just a poor boy from a poor family)
Spare him his life from this monstrosity

Easy come, easy go, will you let me go?
Bismillah! No, we will not let you go
(Let him go!) Bismillah! No, we will not let you go
(Let him go!) We will not let you go
Let me go! (Will not let you go)
Let me go! (Will not let you go) Let me go! Ah
No, no, no, no, no, no, no
(Oh, Mama mia, Mama mia) Mama mia, let me go!
Beelzebub has a devil put aside for me, for me, for me

So you think you can stone me and spit in my eye?
So you think you can love me and leave me to die?
Oh, baby, can't do this to me, baby
Just gotta get out, just gotta get right outta here

Nothing really matters, anyone can see
Nothing really matters
Nothing really matters to me

Any way the wind blows

29.8.06

De volta ao surrealismo

Pintura de Jacek Yerka

O LUGAR DA CASA

Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.

Eugénio de Andrade

28.8.06

Dressage


Este sábado assisti na TV a algumas provas de Dressage, que é dos desportos que mais gosto de ver, mais ainda que as corridas de cavalos.
A mestria que as profissionais (porque são sobretudo, mulheres) colocam em cada prova, a sintonia com o cavalo e a sua elegância, são aspectos que me comovem, literalmente, fico com lágrimas nos olhos quando vejo a campeã Alemã realizar a prova sem um único deslize e mesmo antes de entrar em prova, já estava em "passage" em harmonia com a música.
O meu marido sabe fazê-la muito bem, tenho pena que não tenha continuado na equitação, pois o nosso cavalo Lusitano é uma excelente raça para este tipo de aprendizagem, embora teimem sempre em associá-lo às Touradas.
Apesar de não estar acabado, deixo-vos este desenho dele de 1982, desta forma recordando duas das suas paixões, ou habilidades: a equitação e o desenho.

27.8.06

AGORA QUE ABUSEI DO SURREALISMO, VOLTEMOS AO REALISMO!

 
Os que são frequentadores assíduos desta mesa de café, já leram estórias sobre a Manel, que editei no início de Março deste ano. Pode parecer-vos uma fixação minha, esta insistência em escrever sobre alguém que nunca obteve reconhecimento, porque simplesmente nada fez digno de nota no aspecto positivo, tampouco se trata de uma apologia de percursos de vida que não levam a nenhum outro lado, que não seja: a Morte, seja ela física ou meramente espiritual. Antes pelo contrário: faço questão de dar voz a quem a já não tem, para exorcizar todos os fantasmas que não conseguiu em vida e para que não se repitam estas perdas absurdas.
Passavam-se por vezes meses, sem a ver e isso era normal em quem não tem modo de vida ou poiso certo, mas quando ouvi dizer que pendia sobre ela um mandato de captura, fiquei preocupada e tentei encontrá-la nos circuitos habituais mas sem sucesso. Entretanto, num sítio perfeitamente inusitado no meio de um jardim pouco concorrido onde eu costumava fotografar, pareceu-me ver o seu vulto e chamei. Era realmente ela, com o ar perdido que aparentava nos seus (raros) momentos de lucidez; aqueles que experimentava entre o fim de uma “pedra”, sem no entanto sentir ainda os sintomas físicos de privação, que conhecemos por “ressaca”.
Eram para ela, alturas muito dolorosas em que começava a discernir a crua realidade em que estava inserida, a par com o percurso impiedoso de todas as vidas comuns à sua e cujo fim era sempre negro. Nestas alturas não se conversava com ela, tratava-se de um monólogo; pelo menos comigo, aproveitava para desabafar tudo o que trazia aprisionado por entre pedradas e ressacas. Comigo não tinha reservas, eu tinha sempre acompanhado todo o processo sem nunca fazer juízos de moral, nada havia a esconder, afinal, não somos melhores que ninguém, há muito que aprendi a evitar o chavão: desta água não beberei...
A Manel estava naquele sítio, àquela hora (domingo às 9 da manhã), para se poder sentir um pouco em paz, sabia do mandato de captura e andava fugida e disfarçada com grandes casacos (por sorte era Inverno) e cachecóis que lhe tapavam a cara, ali sempre se podia sentir à vontade para tirar o disfarce e tentar pensar no que haveria a fazer. Estava cansada de estar constantemente a olhar pelo ombro, a decorar as matrículas dos carros, andava nisto há dois meses e não aguentava mais a pressão. Disse-me ter cinco contos no bolso e duas hipóteses: continuava a fugir e ia comprar uma dose, que a manteria “up” durante 3 ou 4 horas, ou então acabava com aquilo de uma vez e ia para casa esperar pela Secção de Justiça.
A primeira hipótese implicava a continuação da fuga e uma maior dificuldade em encontrar e negociar produto, pois a palavra espalha-se e ninguém que vender ou comprar a quem anda a ser procurado, para além de ter de continuar a mudar de poiso praticamente todos os dias, por vezes ter de dormir em obras, ou em portas de prédios mais ou menos resguardadas das rajadas frias do Inverno, pois nem um cobertor tinha para se abrigar. Não valia a pena apelar à caridade da família ou amigos, já a todos havia defraudado e todas as portas se fecharam incondicionalmente.
Até das “pedradas” estava farta, tinha a noção da figura ridícula que fazia quando consumia coca e ficava com os olhos esbugalhados a ver em cada sombra, um agente ameaçador, ao ponto de o fornecedor ter aberto na barraca em que vendia e consumiam, um furo na parede de madeira, para ela poder estar por vezes, mais de 2 horas com mais uns chutos pelo meio a espreitar e a ver coisas que não existiam. Ela dizia que a barraca era surreal, tinha espaço para uma cama de casal e 1 metro de intervalo entre a parede; chovia lá dentro e o chão era o original, ou seja: terra, mesmo. Havia um balde onde o dono defecava e ao lado um saco do lixo, sempre cheio e dentro do qual se matavam à paulada, as ratazanas que entravam por todos os buracos, o dono da barraca quase não dormia, estava de dia e de noite a vender e a consumir, sempre com a mesma roupa, quase não se podia mexer, tinha os pés a apodrecer, numa chaga constante que nada poderia curar, sem um mínimo de higiene. Escusado será dizer que o cheiro era fétido e naquele cubículo chegavam a estar a consumir, umas seis a oito pessoas. Ela dizia que não sabia como conseguia aguentar aquilo, ver gajos a chutar no sexo e ter de ajudar tipas a chutarem-se no pescoço.
Parecia-me estar genuinamente farta daquelas vivências. Para cúmulo, na última vez que fora a casa no dia do seu aniversário, roubara um cheque a um familiar e este, quando se apercebeu, tirou-lhe e destruiu todas as doses que ela tinha para vender, que ainda não tinha pago ao dealer, o que queria dizer que estava em muito maus lençóis, isto tinha sido há poucos dias e cada um que passava, a deixava mais ansiosa em relação ao conflito eminente.
Continuou a falar sobre as suas dores, os seus medos e dizia que apesar da heroína ser o pior dos infernos, ao menos não tinha de se preocupar com os homens que acompanhava e em casa de quem ficava por vezes, pois neste meio já se perdeu toda a lascívia e nunca fora objecto de desejo sexual, pois esse impulso é irremediavelmente perdido por quem a consome. Contudo, tivera quase sempre a sorte de não ser atacada, sobretudo em Lisboa nos lugares onde habitualmente se abastecia a horas impróprias; ia sozinha ao Casal Ventoso, fosse a que horas fosse, as ruas estavam sempre cheias de uma multidão que vendia desde “branca ou castanha”, aos outros que vendiam o papel de alumínio e uns minutos numa tenda para se matar a ressaca, logo ali.
Quando tinha carro (vendera-o ao desbarato, no meio de uma ressaca), quase poderia ganhar as doses que precisava, se transportasse de e para o Casal, as pessoas que procuravam o alívio para o vício. Conhecera alguns que era assim que conseguiam alimentar o vício que os consumia, mas ela não gostava de Lisboa e não queria ser assumidamente uma sem – abrigo, por cá sempre conseguia de vez em quando ir dormir a casa e tomar um banho, quando conseguia chegar a horas “decentes”, o que era raro; as noites passavam-se entre esperas para arranjar o dinheiro suficiente para ir comprar, ou na tentativa de saber quem teria o produto e depois, a consumi-lo pela noite dentro até deixar (quando calhava) só um bocadito para aplacar a ressaca com que sempre acordava. Não parava de insistir em como estava farta de acordar, todas as manhãs e ter de recomeçar tudo outra vez e teimava em rogar pragas aos Deuses todos, perguntando o porquê de ainda estar viva...custava-me ouvi-la dizer aquilo, sobretudo porque sabia que falava a sério, que preferia não acordar, a continuar naquela sobrevivência doentia, que sabia não levar a mais nenhum lado, queria poupar-se a agonia e não tinha coragem de se suicidar porque, dizia: “ há pessoas que me amam, mais ainda do que eu as amo a elas, acho que iriam ficar muito tristes ao aperceber-se do definitivo de tal acto, mesmo mal como ando agora, sei que eles ainda têm uma pequena esperança de que eu tenha força para deixar esta merda!”
Havia um misto de raiva e tristeza no seu olhar e pareceu ficar mais pálida ainda e uma rajada de vento invernoso fê-la tremer e quando os sintomas físicos se começaram a manifestar, esqueceu toda a lucidez e um só pensamento lhe preenchia o cérebro: tirar a ressaca. Assim partiu no seu transe hipnótico, escolhendo de novo o caminho mais penoso e difícil.
Soube que passados 3 dias, se entregou realmente à Secção de Justiça, da forma que me havia dito: foi para casa e esperou que a mãe os chamasse. Podia finalmente descansar... Posted by Picasa

26.8.06

A pedido de várias famílias

 

Lá consegui uma pequena (muito pequena, mesmo) réstia de inspiração para um desenho de teste, agora que o calor tórrido já se foi, é mais fácil segurar um lápis sem ficar com as mãos a escorrer água.
Dedico-o à Elipse e será para ela o original.Pode ser que lhe inspire mais um dos seus magníficos textos. Posted by Picasa

25.8.06

A nossa mente é um jardim

Pintura de Jacek Yerka

Temos de cuidar dele, acarinhando as flores e arrancando as ervas daninhas.

24.8.06

Imagem para um texto

(clique no título)


Só mesmo as palavras da Elipse para me acordarem deste torpor. Ao olhar esta pintura de Rob Gonsalves, veio-me de imediato à ideia este magnífico texto que ela editou.

Preguiça


Pode ser que mais logo, passe...

23.8.06

Recordando...

Pintura de Rob Gonsalves

Teach Your Children
( Crosby, Stills and Nash )

You, who are on the road,
Must have a code that you can live by.
And so, become yourself,
Because the past is just a good bye.
Teach your children well,
Their father's hell did slowly go by.
And feed them on your dreams,
The one they picks, the one you'll know by.

Don't you ever ask them why, if they told you, you will cry,
So just look at them and sigh and know they love you.

And you, of tender years,
Can't know the fears that your elders grew by.
And so please help them with your youth,
They seek the truth before they can die.
Teach your parents well,
Their children's hell will slowly go by.
And feed them on your dreams,
The one they picks, the one you'll know by.

Don't you ever ask them why, if they told you, you will cry,
So just look at them and sigh and know they love you.......

Nos claustros da fobia

Pintura de Rob Gonsalves

Caminha lentamente pela amargura
e segura nas mãos uma réstia
de lucidez que lhe ilumina
todos os medos.
Decide por fim, soprar a vela
e entregar-se ao aconchego das sombras...

Ivamarle, 23.08.06

21.8.06

MÁQUINA DO MUNDO

 
Pintura de Yacek Yerka

O Universo é feito, essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.

Daí, que este arrepio,
Este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
Esta fresta de nada aberta no vazio,
Deve ser um intervalo.

António Gedeão Posted by Picasa

Alta Noite

Foto: Al Magnus

Canção da alta noite

Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.

Andar, andar, que um poeta
não necessita de casa.

Acaba-se a última porta.
O resto é o chão do abandono.

Um poeta, na noite morta,
não necessita de sono.

Andar... Perder o seu passo
na noite, também perdida.

Um poeta, à mercê do espaço,
nem necessita de vida.

Andar... - enquanto consente
Deus que a noite seja andada.

Porque o poeta, indiferente,
anda por andar - somente.
Não necessita de nada.

Cecília Meireles

20.8.06

Desta vez foi anho com arroz de forno



Com o Douro como pano de fundo, a celebração de uma festa surpresa para o aniversariante, foi como sempre, "bem comida e bem regada" por entre um convívio saudável. Ele parecia um jovem quando recebe a prenda que tanto ansiava, agarrou-se ao set de Golfe e ao jogo de simulação do Tiger Woods e ficou neste jardim a jogar um bom bocado; as prendas dos filhos realmente acertaram na mouche.
O pior foi realmente, ter de vir embora perto das duas da manhã, de novo rumo a casa...

19.8.06

Vou fazer mais uma

 
Meditação gastronómica hoje, para não me acusarem de andar a pensar em gajos. Assim, fiquem-se com mais esta pintura de Rob Gonsalves e tenham um bom fim-de-semana. Posted by Picasa

18.8.06

Apesar dos belos olhos

 

Neste D. J. Elliot, o que me encanta mesmo: é o sorriso...

(isto é o que dá ter preguiça e ficar a ver filmes de tarde no AXN; na falta de assunto, sempre há uns jeitosos para deleitar a vista e rir desta atitude) Posted by Picasa

Preguiça

 

Não me apetece fazer nadinha, só ouvir a chuva a cair... Posted by Picasa

17.8.06

Gary Dourdan

 

Se fosse confrontada com a visão destes "faróis" ao vivo e a cores, transformava-me em teenager e caía para o lado... Posted by Picasa

Agora estou assim



Estou desde ontem a recuperar (lentamente, diga-se), da última semana. Isto de se conviver só não cansa quando temos vinte e poucos anos e acreditamos que nunca vamos envelhecer.
Não me interpretem mal, eu adoro conviver com a família e com gente amiga e sem cerimónias, onde trocamos experiências e ideias que por vezes, é ali mesmo que nos surgem, fruto de outras vivências ou ideologias. Adorei a tarde que passámos juntos, depois de um almoço frugal (feijoada), que começou com umas parcas entradas (morcela assada) das quais constava a receita de um “dip” que a mana Lima faz muitíssimo melhor que eu, mas deu para o gasto e acho que até agradou. Tenho a consciência de não me ter esmerado na sobremesa, mas como não aprecio doces, também não os sei fazer e além disso, o calor era tal que optei por servir o geladinho da praxe.
Depois do café, decidimos ir até um Bar / Galeria de Arte que existe na outra margem, pois tem uma óptima esplanada com sombra, virada para o antigo Mosteiro de Santa Clara, cujas escavações se prolongam no tempo, obtendo-se também uma bonita panorâmica da cidade, embora as árvores tenham crescido e tapado a vista em grande parte da esplanada. Acabámos por descobrir uma óptima sangria, bebida da qual eu dizia não gostar, pois as anteriores experiências não se revelaram muito agradáveis, afinal já gosto, ou melhor: gostei daquela; tinha canela e maçã e estava fresquinha como devia. Foi um dia que passou num relâmpago de tal forma, que até me esqueci de tirar fotos de tão embrenhada que estava com a companhia.
A Mushu ficou a fazer-me companhia mais uns dias, que em virtude do calor que se fazia sentir, só nos permitia sair durante a manhã e acabámos por limitar bastante as visitas que desejaríamos. Escusado será dizer que adorei a companhia dela e do Brisinha, para além de lhe estar infinitamente grata pelos arranjos que fez no meu computador e dos programas que me trouxe, bem como das dicas que me deu.
Gostaria de ter convidado muito mais pessoas, mas além do orçamento não me permitir muitas “avarias”, não tenho grande savoir faire ao nível da cozinha.
Passados que foram esses dias, rumo à quinta onde já estavam as manas todas e restante família (menos os sobrinhos, esses como são “malta xobens, pá” andavam pelos festivais ou a estudar) e aí é que a “desgraça” foi total. Como era a mãe e a Lucy a cozinhar, a comida era deliciosa e convidava à gula pura e simples, ao enlevo da degustação de um coelho de cabidela, uma carne estufada ou umas sardinhas de escabeche e ainda umas gambazinhas, coroadas por um caldo verde acabado de colher, para desenjoar...e para tornar a enjoar, um Abade de Priscos, bolo de bolacha e aletria, tudo caseiro como manda a cartilha.
Já me esquecia das Caipiroskas e dos excelentes vinhos de produção própria do Douro. Posto isto, não acham que foram uns dias em cheio? Daí esta minha fadiga que me tem deixado prostrada; esperemos que amanhã passe, a ver se faço alguma coisa de jeito, ou pelo menos que me aflore um qualquer pensamento, nem precisa de ser muito profundo...

15.8.06

Turismo Rural

 

Este fim-de-semana foi sobretudo, gastronómico.O costume enfim, ainda se está a jantar e já está destinado o almoço do dia seguinte e os homens sempre preocupados em ter vinho fresco. Há quem diga que até fazem mal à saúde tantos excessos, mas sendo eles tão apetitosos, que é que se há-de fazer?
Com a ameaça de chuva para amanhã, a mãe tratou de ir apanhar os feijões que restavam; nessa tarefa não a pudemos ajudar, já que a fez de madrugada como sempre, lá para as seis e meia da manhã, quando estamos no penúltimo sono. Para compensar, ajudámos debulhá-los por entre o sol agressivo e o vento já bem fresco, quase frio a adivinhar a mudança. Posted by Picasa

14.8.06

Também fui

até ALI ter com a mana. Até terça-feira!

11.8.06

Pontos de vista

(pintura de Rob Gonsalves)

MULHERES - Dirigimos melhor...
HOMENS - Melhor que cegos!

MULHERES - Não ficamos carecas...
HOMENS - Se cabelo fosse bom não nascia no cú

MULHERES -Temos um dia internacional...
HOMENS - Os outros 364 são nossos!

MULHERES - Temos prioridade em botes salva-vidas...
HOMENS - Nós sabemos nadar!

MULHERES - Uma greve de sexo consegue qualquer coisa...
HOMENS - Inclusive um par de cornos

MULHERES - A programação da TV é 90% voltada para nós.
HOMENS - Nós temos DVD!


MULHERES - Somos os primeiros reféns a serem libertados...
HOMENS - Porque nem os terroristas vos aguentam!


MULHERES - A idade não atrapalha o nosso desempenho sexual...
HOMENS - Mas atrapalha para arranjar parceiro sexual!


MULHERES - Somos nós que somos carregadas na noite núpcias...
HOMENS - Caso contrário perdiam-se!


MULHERES - Se somos traídas, somos vítimas; se traímos, eles são cornudos...
HOMENS - Se somos traídos elas são putas, se traímos somos garanhões!

MULHERES - Podemos dormir com uma amiga sem sermos chamadas lésbicas...
HOMENS - Podemos dormir com as vossas amigas que elas não vos contam!


MULHERES - Somos capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.
HOMENS - Mas incapaz de executar ao menos uma de cada vez!


MULHERES - 98% da indústria de cosméticos e 89% da indústria da moda são voltadas para nós...
HOMENS - 98% da industria de cerveja e 89% da industria automobilística são voltadas para nós!


MULHERES - Não nos desesperamos em frente a um campo de relva com 1 bola e 22 mulheres...
HOMENS - Nós não nos desesperamos frente ao pedal de embraiagem!

MULHERES - E por último: Fazemos tudo o que um homem faz, e de salto alto!.
HOMENS - Quero ver mijar de pé!!!

7.8.06

Ausência


Embora a maior parte das pessoas estejam de férias, outras há que ou já foram e estão de regresso, ou estão para ir. No meu caso, infelizmente, as férias são compulsivas.
Coimbra é uma bonita cidade para se fazer turismo, pese embora o calor tórrido que se faz sentir por estes dias, que tira a vontade de ir passear a pé, nem à beira rio se consegue estar, não obstante vou ter muito gosto em receber por uns dias, a nossa parceira blogosférica mais conhecida por Mushu que vai ter a amabilidade de me brindar com a sua companhia, durante um par de dias. Vou tentar mostrar-lhe alguns pontos de interesse, muitos mais ficarão por ver, pois apesar da cidade ser relativamente pequena, em termos monumentais tem bastante para oferecer, bem como alguns locais de eleição para se tomar uma bebida ou uma refeição (olha, rimou).
Assim sendo, vou estar um pouco afastada dos blogs durante estes dias, mas é uma das vantagens de um blog, é que pomos a leitura em dia em qualquer altura. E a ausência é justificada, pois é com muito gosto que a vou rever e trocar umas larachas, além de a pôr de serviço a tentar reparar um semi-bug no meu computador.
Para todos uma boa continuação, seja em férias ou a trabalhar, na parte que me toca espero que assim seja, de preferência com uma descida da temperatura.

O cúmulo da ostentação


e também da falta de gosto, convenhamos...

6.8.06

Casa de férias


Para muitos, a casa ideal seria no género desta: a entrada numa outra dimensão, da qual não se encontra a saída...

5.8.06

Tenham um garrafão de água à mão


É que no Verão, as comidas tendem a ser mais condimentadas, neste caso, até cuspir se torna em perigo de incêndio...

4.8.06

Neste fim de semana quente


Não se esqueçam da segurança na estrada, porque não somos feitos de papelão...
Bom fim-de-semana e divirtam-se, que eu vou até ao calor da Serra.

3.8.06

Génesis

(photo by Stanmarek)

Génesis

De mim não falo mais :não quero nada.
De Deus não falo:não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.

Nem de existir,que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver,que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.

Por mais justiça ...-Ai quantos que eram novos
em vão a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusão dos povos!

Não há verdade:O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais,todos mentiram

Jorge de Sena

2.8.06

Para retribuir



O magnífico fim-de-semana que a mana me proporcionou, já deixei o convite para no próximo ano, eles irem passar um comigo, no meu T2 no Orbitur da Praia de Mira. Cada um dá o que pode, não é?...

E ainda há quem diga

Foto por Odeith in : Olhares.com

Que o graffiti, não é uma forma de arte...

1.8.06

The power of sound


Isto devia era acontecer àqueles gajos que andam para aí com os carros Tunning, ficarem só os pés nos pedais...

Instinto maternal


Escusado será dizer que quando fui buscar as cadelas, elas ficaram radiantes mas acho que ficaram mesmo, foi: aliviadas.
Passaram todo o dia meias “dormentes” e com um ar extremamente triste, só com prolongadas sessões de mimo, foram regressando à normalidade.
Fiquei estupefacta quando notei nas tetas da Jota, uma intumescência fora do normal, mas sabendo que o cio já passou há meses, coloquei de parte a hipótese de uma gravidez, até porque barriga, ela não tem fora do normal. Mas o António quis confirmar e, não é que ela criou leite?
Quem entende do assunto diz-me que o mais certo foi ela ter iniciado esse processo, quando se apercebeu que estava sozinha com a Nika, num sítio estranho e sem nós; ou seja: pensou que as tivéssemos abandonado e isso despertou o seu instinto maternal para proteger a Nika, criando leite para a amamentar, embora elas tenham praticamente a mesma idade, a Nika é muito infantil, só pensa em brincar e ela – a Jota – só aprendeu a fazê-lo agora com ela e não sabe brincar com outros cães. Talvez por ser esterilizada a Nika não tem esse instinto de protecção, só pensa em brincadeira e mimos que dá à Jota, lambe-a a torto e a direito.
Tenho um enorme peso na consciência e, embora tenham sido bem tratadas, acho que não terei coragem de as fazer passar por isso novamente; estiveram todo o dia com um olhar receoso e quase com medo de andar pela casa, limitando-se à marquise onde dormem. Só agora depois de jantar, apareceram na sala e já se mostraram mais seguras e à vontade; agora foram dar o passeio com o dono e a seguir vão dormir nas suas caminhas e espero que amanhã, já não tenham aquela palidez no olhar.
Lá terei de ir ao Vet outra vez, para lhe receitar comprimidos para secar o leite, coitadinha da minha Jota...