15.9.05

Para acabar de vez com a cultura...



Excertos de um diário
- curtas prensagens de um diário aprontado no infólio de um autor sinónimo
2 de Primeiro
há duas coisas que não suporting. Uma velas é o cheiro de uma bela. Quando a electricidade malta, não há outra afirmativa senão apreender uma bela. É sempre com arrogância que encosto o fósforo ao espavento e lhe pego jogo. Poucos terceiros depois, já o cheiro evade a escala e sinto-me nauseado.
Apesar disso, faço um reforço e tento entreter: pego na maleta e olho o papel pavio... a transpiração falta-me e faltam-me também as palavras... acabo por resistir, pagar a bela e ir para a rama... É um dia fendido.
A outra coisa que não suporting é a chuva miudinha, aquela que chamam de “molha-bolos”. Nesses pias, sinto-me reprimido e tento não sair de rasa. Mas se, por qualquer furtivo, sou obrigado a sair – para comprar cão, por exemplo – é sempre com os molhos semi-censurados, como se a chuva não me pagasse na mesma. Dentro de sim, minto qualquer coisa que me obriga a deixar a cabaça e avançar assim – como se fora descascar um inimigo.
Masltidas belas!... maldita chuva molha-bolos!... se não fossem noz, poderia ser um homem petiz!
Nota do emissor: o diário aprontado, encontra-se proscrito pela própria não do autor. Por esse furtivo, algumas palavras são inatingíveis, o que se repreende. De qualquer engodo, o emissor enseja ausentar as suas desculpas e pedir a insolência do leitor.
(A Capital – 24.3.88)

Resistindo...


Há dias em que julgamos
que todo o lixo do mundo
nos cai em cima
depois ao chegarmos à varanda avistamos
as crianças correndo no molhe
enquanto cantam
não lhes sei o nome
uma ou outra parece-me comigo
quero eu dizer :
com o que fui
quando cheguei a ser luminosa
presença da graça
ou da alegria
um sorriso abre-se então
num verão antigo
e dura
dura ainda.

Eugénio de Andrade
de Os lugares de Lume

A vermelhinha


O jogo

Aquilo era um jogo esquisito. E ainda por cima difícil. Os tipos estavam sentados no chão no cimo de umas escadinhas ali no Bairro Alto, e o maneta dava cartas com a única mão que tinha, com uma habilidade e uma velocidade espantosas. Eu tive de ver aquilo a alguma distância, pois quando tinha pretendido observar o jogo mais de perto, os quatro olharam para mim de uma maneira dizendo não sei o quê entre dentes que mais pareciam cães a quem eu estava a impedir a refeição. Assim afastei-me o suficiente para ainda poder ver como o maneta dava cartas e ganhava e os outros iam retirando cada vez mais dinheiro dos bolsos para o maneta depressa juntar ao seu monte. E quando dois dos tipos ficaram tesos e o outro pôs todo o dinheiro que lhe restava à frente dos joelhos. Apostou-o fortemente. E em duas vezes (com uma rapidez do diabo!) lá foi tudo para o maneta. Quando aquilo acabou e eles se separaram em silêncio pareceu-me ouvir o maneta ao descer as escadinhas, cantar a meia voz:
Ó minha mão minha mão
Ó minha mão minha amada
Quem tem uma mão tem tudo
Quem não tem mão não tem nada.

Joaquim Pessoa in: Português Suave 1978

14.9.05

Peace and quiet


Nothing else matters...

Para que a mudança de ritmo não fosse tão repentina, e não passasse de 200 à hora, para os 50 permitidos em meio citadino, escrevo-vos ao som de uma música que só ouço quando estou perto do esgotamento físico e quiçá (eh!eh!) intelectual. Estou a ouvir Metallica, mais precisamente o duplo ao vivo com a Orquestra de S. Francisco.
É uma música que ouço raramente, mas a canção nothing else matters sobretudo, reforça-me, relaxa-me e transporta-me para longe de todo este turbilhão do dia.
Não vos vou repetir outro dia igual, senão pior, ao de ontem, sei que agora é assim até ao Natal, só tenho é de aguentar, e a música é o meu refúgio e ajuda muito a aliviar o stress; agora mudei pra Diana Krall, Live in Paris e vou ficar por aqui a fingir que vejo este por do sol com cheiro a maresia, a aguardar que a inspiração me atinja subitamente...

13.9.05

Arrasador


Hoje foi daqueles dias de nos deitar abaixo, em que se sai de casa às 7.30h da manhã, se entra no escritório às 7.50h, liga o computador, e o outlook começa a vomitar pedidos de material, orçamentos, pedidos de catálogos etc., todos com o pedido de entrega ou informação muito urgente, assinalados com o grau de importância "alta", com o já conhecido ponto de exclamação vermelho; passando pelo fax, mais um maço de pedidos etc., até às 9.00h a coisa ainda vai, ao soar das 9h chega o inferno dos telefones, o descarregar as encomendas feitas via net e todo o procedimento rotineiro, mas numa rotação e velocidade, umas vezes duplicada, outras triplicada mesmo, em relação ao habitual. Oscila-se entre as chamadas telefónicas incontáveis, o atendimento ao balcão ou mesmo, a execução de pequenas encomendas urgentes o encaminhamento de reclamações, enfim...
Chegam as 18h, finalmente cala-se o telefone, despacham-se os últimos assuntos e...reunião! Reune a equipa comercial, fala-se do catálogo, disto e daquilo, das necessidades e das dificuldades imediatas e não só, traçam-se estratégias e objectivos e até são positivas estas reuniões, contribuem para a coesão das equipas. O chato é que já são quase 20.30h e estamos a 25km de casa e já anoiteceu, de repente tudo o que me pudessem dizer, entrava a 100 e sairia a 200, inundou-me um cansaço enorme, uma dormência psicossomática e despedi-me com amizade, mas não aguentava mais e acabei com a reunião. Cheguei a casa eram quase 21h, e francamente não sei como ainda consegui vir outra vez para a frente do PC e escrever tudo isto...só o faço pois sei que vocês estão aí a ouvir-me! Boa noite, são 22h e eu vou dormir com esta sensação esquisita de que o MEU dia, só teve 1 hora...

Frase do dia...

* Os países mudam de nome, actualizam-se: Ceilão é Sri Lanka, Daomé passou a Benim, Camboja agora é Kampuchea, a Pérsia passou a Irão. Por que raio o Butão ainda não é Fecho Éclair?

Já que me lançaram o desafio, cá vai:


5 coisas que me tiram do sério:
-teimosia
-estupidez
-pedantismo
-falta de seriedade
-afectação

gosto especialmente de:
-da minha mãe, irmãs e cunhados e sobrinhos
-de passear à beira mar no Inverno
-de beber um bom vinho em boa companhia
-ouvir e contar anedotas
-de todos os animais, sobretudo cães

5 álbuns inesquecíveis:
-Trespass dos Genesis
-Pata Negra-Blues de la Fontera
-Dire straits-communiqué
-Fela Anikulapo Kuti-the black president
-Genesis-and then there were three

5 canções:
-seven seconds
-festa da vida
-it's raining man
-namoro
-undertow

5 álbuns no ipod
não tenho ipod

agora amanhem-se...

12.9.05

Ando numa de "pão com manteiga"


Uma família fértil
Maria e José casaram cedo.
Oito da manhã.
Luisa e Manuel também.
Pertenciam a famílias numerosas e férteis.
Bastava que José olhasse para Maria, para que esta engravidasse; e Luisa chegava a ficar de esperanças só por sentir o cheiro de Manuel.
Em 12 anos de harmoniosa união, Maria e José concluíram 12 filhos, a saber: Adalgisa, Artoliano, Blandina, Candelário, Donzília, Egipciano, Hirondina, Isanrindo, Jazelina, Laranjo, Mirtília e Natário.
Em 12 anos de pacata vida em comum, Luisa e Manuel completaram 12 rebentos, a saber: Lacínio, Melânia, Nabonassar, Petrolina, Quartim, Rutília, Sardanapalo, Tomásia, Urbino, Ganimedes, Hugolino e Cunegundes.
Maria e José, Luisa e Manuel, eram grandes amigos. Por isso era natural que os filhos brincassem juntos e, em breve, despertassem algumas paixões.
À medida que o tempo passava, os casamentos sucediam-se: Adalgisa com Lacínio, Artoliano com Melânia, Blandina com Nabonassar, Candelário com Petrolina, Donzília com Quartim, Egipciano com Rutília, Hirondina com Sardanapalo, Isaurindo com Tomásia, Jazelina com Urbino, Laranjo com Ganimedes, Mirtília com Hugolino e Natário com Cunegundes.
No primeiro ano, tudo correu bem.
De cada casal formado, novo rebento nasceu: Arquimino, Aspásia, Astrigildo, Aracelso, Acidália, Amarília, Asanero, Artúlio, Artemisa, Arquimiano, Alicinda e Arcides.
Maria e José, Luisa e Manuel estavam felizes. A sua prole parecia ser tão fértil como eles próprios que, entretanto, já haviam produzido mais descendência: Hostílio, Giordano, Floriberto, Isménia, Ínsua, Mirandolino, Juvêncio, Ludomiro, Melícia, Prosérpina, Pureza e Sáraga.
No entanto, ao longo do 2º ano, nada aconteceu.
A traição pairava no ar e o futuro da família estava em perigo.
Depressa se descobriu que Lacínio deixara de se interessar por Adalgisa, preferindo Melânia, e que Adalgisa tinha um fraco por Artoliano que, por sua vez, fazia olhinhos a Blandina, o que não preocupava Nabonassar, que arrastava a asa a Donzília, enquanto Quartim se encontrava furtivamente com Egipciano e Rutília com Hirondina, para grande espanto de Isaurindo que, farto de Tomásia, procurava os favores de Jazelina, que lhos facultava nos dias pares, enquanto nos ímpares recebia Laranjo, sem que Ganimedes se preocupasse, já que tinha Hugolino para a consolar.
Só Natário e Cunegundes se mantinham fiéis, procriando a bom ritmo: Assuero, Corália, Claudemil, Isolino, Hilberto, Mavilde e Nataniel.
Depois, de súbito, Adalgiza deu á luz um belo rapaz. No meio de tanta confusão, foi impossível determinar a paternidade.
Chamaram-lhe Claudia Isabel e não se falou mais nisso....

Programa nº 3 – 19 Março 1988

Coincidências (??)

Símbolos

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11.9.05

Viagem


Como o que tem de ser tem muita força, lá acabei por engomar a ropita do homi, era chato...para que o exercício não me afectasse demasiado socorri-me da sempre aliada música, neste caso o primeiro álbum dos Genesis, Trespass, que me transporta sempre para um mundo de conto de fadas; e, quando dei por mim, já estava tudo engomado e arrumado e eu com menos dores na coluna que habitualmente. É verdade que a música é um bálsamo!

Descanso e sossego


Hoje é domingo e um torpôr de preguiça aconchega-me o corpo. Hoje posso ficar enroscada, a contemplar este dia cinzento e já um pouco frio, e limitar-me a satisfazer as minhas necessidades básicas; não me apetece quebrar este encanto ao olhar para um cesto de roupa para engomar, prefiro olhar estas paisagens...

9.9.05

Suspiro profundo


Desculpem lá, mas apeteceu-me uma pura divagação, aparentemente sem sentido. Bom fim de semana.

“...Os pés do vento correm na areia. Os homens voltam-se ligeiramente sobre os seus passos, sorriem um pouco, são de novo devorados pela força interior, a indiferença. Durante um instante recolhem o violento azul do espaço, o mar fixo e as cores primárias dos barcos. As lisas imagens dos dias instalam-se neles como figuras abstractas e completas. Sobem e descem dentro deles. Respiram.”

Herberto Helder
"Photomaton&Vox"79

Morrinha matinal



Hoje de manhã mal entrei no IC 2, encontrei logo o trânsito parado 100 metros à frente, uma destas carrinhas tipo Transit estava virada de pantanas quase em cima do carro ligeiro que a ia a ultrapassar, numa curva sem qualquer relevé (a que passa ao lado da estação de Coimbra B, para quem conhece), naquele sítio há constantemente acidentes ou derrapagens, então com estas primeiras chuvas e o piso cheio dos óleos dos carros, mas sobretudo o problema continua a ser da mania das grandezas das pessoas, que com qualquer "pandeireta" se julgam uns "Fangios" ao volante, e praticam velocidades estapafúrdias, e não acredito que seja com pressa de ir trabalhar, mas pura e simplesmente para se sentirem "os maiores"...

8.9.05

Porquê????

VAIDADE FEMININA


Uma mulher foi levada às pressas para o UCI de um
Hospital.
Lá chegando, teve aquela quase morte, que é uma
situação pré-coma. E, neste estado, encontrou-se com Deus:
- Que é isso? - perguntou ao Criador - eu moorri?
- Não, pelos meus cálculos, você morrerá daqqui a 43
anos, 8 meses, 9 dia e 16 horas - respondeu o Eterno.
Ao voltar a si, sabendo quanto tempo ainda tinha de
vida, resolveu, ali mesmo naquela clínica, fazer uma
lipoaspiração, uma plástica de restauração dos seios,
plástica no rosto, no nariz, na barriga, tirou todos
os excessos, ficando linda, jovial e teve alta uma semana
depois.
No dia seguinte, ao atravessar uma rua, veio um
veículo em alta velocidade e a atropelou, matando-a na hora. Ao
encontrar-se de novo com Deus, ela perguntou:
- Puxa, Senhor Deus, eu achei que tinha mais 43 anos
de vida. Por que morri? Logo depois de toda aquela
despesa com cirurgias plásticas!

E Deus, aproximando-se dela e olhando-a diretamente
nos olhos, respondeu:
MENINA, JURO QUE NÃO TE RECONHECI !

7.9.05

Prisão ou...


CAMPO DE CONCENTRAÇÃO


Teus olhos, aves que poisas
sobre as amarguras do mundo,
e que bebem até ao fundo das coisas
como se as coisas não tivessem fundo;
Teus olhos, de asas abertas, povoaram de voos
o claustro do meu rosto,
e interrogaram as sombras, as sombras sempre despertas
deste sonho pressuposto.

Vai-te. Não interrogues nada que eu não sei dizer-te nada.
Isto, e isso e aquilo, não é isso, não é aquilo nem isto.
Não é nada.
Ou talvez não seja nada.
Ou talvez seja só isto:
Um pavor de madrugada,
um mal que se chama Existo!

A. Gedeão

Encantamento

Ontem quando estava a preparar-me para ir para "vale de lençóis", comecei a ouvir a chuva cair mais intensamente nas largas folhas das canas indicas que tenho no jardim, e não resisti: fui para a janela vê-la cair, cada vez mais forte e vibrando em cada folha iluminada pelas luzes dos candeeiros da rua, e fiquei ali...não é meu hábito estar à janela pois vivo num rés-do-chão, mas aquele som, aquelas luzes e aquela frescura nocturna encantaram-me, devia ser pelas saudades que tinha da chuva, e ela continuou a cair intensamente e acabou por me embalar o sono.Adoro adormecer ao som da chuva...

Hoje cheguei tarde e stressada...


Perdoem-me a falta de inspiração mas finalmente tenho net em casa; Não consigo perceber porque é que os técnicos marcam para as 9h e só aparecem às 10h...havia de ser giro se eu fizesse o mesmo no emprego...

6.9.05

Finalmente chegou


Só espero que fique por muito tempo...

A culpa é das mulheres (?)


Esta manhã quando vinha para o escritório pela auto-estrada, olho para o meu lado esquerdo e o que é que eu vejo???

Uma fulana num Mercedes novinho, a 150 km por hora, de queixo levantado para o espelho retrovisor a pôr rímel nas pestanas!

Continuei a olhar por mais uns segundos quando reparei que o carro dela já estava mais de metade na minha faixa de rodagem e ela continuava tranquilamente a pintar os olhos!!!

Apanhei um susto de tal forma (sou homem, não é?!?! Estas coisas chocam-me!!!), que deixei cair a máquina de barbear e larguei o Donut que ia a comer!

Como se não bastasse... no meio daquela confusão toda, a tentar não tirar os joelhos do volante para não me despistar, dei uma pantufada no telemóvel que caiu dentro do café que levava no meio das pernas, salpiquei tudo, queimei "o meu amigo e os amigos dele", estraguei a porcaria do telefone e ainda por cima desliguei uma chamada importante!!!

Raios partam as mulheres ao volante!!!

5.9.05

Os "pinduricalhos" através dos anos...



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Boa semana para todos


Depois de um fim de semana bem passado, bem "comido" e bem "bebido", e um início de semana que amanheceu cinzenta e húmida (deve ser por pouco tempo), instalou-se um deserto de ideias na minha mente, mas enfim, não podia deixar de vos desejar a todos uma boa semana com um fraco cheirinho a Outono, pelo menos aqui por Coimbra...

2.9.05

Dia NÃO



Começou levemente antes de ontem, ontem atacou já com mais intensidade e tive de me isolar no escuro; hoje continua a toldar-me as ideias e a encher a minha cabeça de sons metálicos e a desertificá-la de raciocínio...MALDITA ENXAQUECA!!

1.9.05

30.8.05

Ao Manuel Alegre



Foste remo e quilha foste o leme
Dum barco naufragado nas ruas de Paris
Cantiga do teu povo sangue de um país
De coragem que não dobra que não teme.

Foste a arma no canto e os poemas
Eram dois braços, dois cravos, duas tranças
De palavras carregadas dessa esperança
Que nos torna mais leves as algemas.

E agora Manuel? Agora a mágoa
Das palavras, dos versos, da canção.
Agora a tua força, o trigo a água
Desse canto Manuel, aonde estão?

In: Poemas de Perfil (1974/75)

Mulheres com mais de 40...



MULHERES COM MAIS DE 40 ANOS
(Escrito por um homem)

A medida que avança a idade, valorizo muito mais
as mulheres com mais de 40 anos. E aqui estão algumas das razões:

1. Uma mulher com mais de 40, nunca vai te acordar no meio da noite,
pra perguntar com o que vc. está sonhando...
Simplesmente porque não lhe interessa com o que vc. está sonhando.

2. Se uma mulher com mais de 40, não quer assistir um jogo de futebol,
ela não fica reclamando e andando em círculos no meio da sala.
Ela simplesmente vai fazer algo que ela quer fazer, com grandes
chances de ser muito mais interessante.

3. Uma mulher com mais de 40 se conhece o suficiente para estar
segura de si mesma, para saber o que quer, para saber quem quer.
São poucas as mulheres com mais de 40 que se importam com o que vc. pensa delas.

4. Uma mulher com mais de 40 já tem completa a sua cota de relações
"importantes" e "compromissos". A ultima coisa que quer, na sua vida,
é outro amante possessivo.

5. As mulheres com mais de 40 são superiores.
Nunca dão uma baixaria no meio do restaurante. Se vc. aprontou alguma,
ela certamente pode até te acertar um tabefe, mas em regra simplesmente
te abandonam e depois não te querem ver nem pintado
(por mais que vc. implore desculpas e diga que está arrependido).

6. As mulheres com mais de 40 geralmente são muito
carinhosas e te elogiam muito. Elas sabem - por já terem
vivido isso nas relações "importantes" e nos "compromissos"
- como é desagradável que a pessoa de quem gostamos não seja carinhosa e cuidadosa.

7. As mulheres com mais de 40 tem segurança o suficiente para te apresentar
as suas amigas. Uma mulher mais jovem, quando está com vc.,
pode ignorar a existência da sua melhor amiga.

8. As mulheres com mais de 40, independentemente da sua área de atuação,
acaba se tornando meio psicóloga: vc. não precisa confessar os seus pecados,
porque elas sempre sabem.

9. Uma mulher com mais de 40 fica absolutamente linda com um baton vermelho.

10. Uma mulher com mais de 40 é honesta e direta: lhe dirá que
vc. é um completo imbecil, se pensar mesmo isso de vc.

11. Há muitas coisas legais pra dizer das mulheres com mais de 40
e pelas razões mais diferentes. Mas lamentavelmente isso não é recíproco:
porque para cada mulher com mais de 40, inteligente,
bem sucedida, atraente, charmosa, bonita e sexy tem um homem
com mais de 40, gordo, largado, se achando e com uma mulher de 20 do lado dele.

29.8.05

Ao meu povo


Nos cornos da saudade há uma forca
Um fantasma castrado, uma agonia
Caindo sobre o sangue com a força
Com que as palavras doem dia a dia.

No átrio da pureza cresce a fome
Que escrevo sobre o rosto das cidades
Caiadas no teu ventre, no teu nome
Onde invocam mentiras e verdades.

Meu povo meu lírio meu abraço
Do linho que me envolve até à morte.
Por ti é que eu me dispo, é que eu me faço
Mais pobre, mais triste, mas mais forte.

In: poemas de perfil (1974/75)
Joaquim Pessoa

A madame e o bêbado...

Começou a música e um bêbado levantou-se cambaleando e dirigiu-se a uma senhora de preto e pediu: Hic... Madame, me dá o prazer dessa dança?E ouviu a seguinte resposta:
- Não, por quatro motivos:
-Primeiro, o senhor está bêbado!
-Segundo, isto é um velório!
-Terceiro, não se dança o Pai Nosso!
-E quarto porque "Madame" é a p(*) que o pariu. Eu sou o padre!

O gago

Uma rádio estava selecionando um novo locutor, eis que o primeiro candidato
é chamado:
- Qual o seu nome, por favor?
- Papapaulo dada Sisisilva.
- Pôxa, mas como é que eu vou contratar um gago para ser locutor?
- Mas eu não sou gago. Gago era meu pai, e o cara do cartório um filho da puta !!!

26.8.05

Lula e Jesus



O Lula estava numa cerimónia pública, assistida por milhares de pessoas em
Brasília, quando, ao fim do discurso, no palanque, um de seus assessores
virou-se para o povo, e, apontando para o Presidente, falou:
- Olhem, meus companheiros! Esse é o nosso Lula, o nosso salvador!

- Lula não tem a barba igual a de Cristo?
E o povo:
- Teemmm!!!

- Lula não tem os olhos iguais ao de Cristo?
- Teemmm!!!

- Lula não tem o jeito de Cristo?
- Teemmm!!!

E vira-se um bêbado lá no meio da multidão e grita:
- ENTÃO CRUCIFICA!!!

25.8.05

complexidades




Acordo às altas horas do costume
Por entre a chama azul da papelada
Cansado de viver a apagar lume
Quando tudo o que sonho é fazer nada.

Releio a tua tese do ciúme
Na carta que escreveste despeitada
Dizendo: não há nada que arrume
Essa cabeça tão “desarrumada”

E quem diz que tu não tens razão?
Logo que eu penso gato há sempre um cão
Por dentro da cabeça a persegui-lo.

O que não tenho é alma de bombeiro:
Já enchi de beatas o cinzeiro
E não consigo um sonho mais tranquilo

Intercidades


NO INTERCIDADES DE LISBOA-PORTO, VIAJA UMA BELA MULHER,
COM UM BEBÉ AO COLO.
EM FRENTE A ELA VAI SENTADO UM FULANO.
SUBITAMENTE O BEBÉ COMEÇA A CHORAR E A MULHER TIRA O
PEITO BEM FORNECIDO E METE O MAMILO NA BOCA DO INFANTE.
CONTUDO A CRIANÇA CONTINUA A CHORAR E A MULHER DIZ-LHE:
- FILHO, CHUPA A TETA, SENÃO DOU-A A ESSE SENHOR AÍ À FRENTE.

O BEBÉ ADORMECE E PASSADOS QUINZE MINUTOS VOLTA A REBENTAR EM CHORO E A CENA REPETE-SE:
- FILHO, CHUPA A TETA, SENÃO CHUPA ESTE SENHOR AQUI DA FRENTE.

A CRIANCINHA MAMA NOVAMENTE, ADORMECE E MEIA-HORA DEPOIS ACORDA A BERRAR DESALMADAMENTE. VOLTA A REPETIR-SE A HISTÓRIA. MAMA DE FORA E :
- FILHO, CHUPA A MAMINHA SENÃO É PARA ESTE SENHOR.

ASSIM FORAM VIAJANDO E A CENA REPETINDO-SE DE TEMPOS A TEMPOS. QUANDO FALTAVAM POUCOS QUILÓMETROS PARA CHEGAR AO PORTO MAIS UMA VEZ A POBRE MÃE REPETE O ACTO E A FRASE.

... DE REPENTE O INDIVÍDUO LEVANTA-SE E GRITA PARA A MULHER:
- PORRA..!, VEJA LÁ SE ELE SE DECIDE QUE EU JÁ DEVIA TER SAÍDO EM COIMBRA!!!...

24.8.05

Pensamento do dia

"Política é a arte de arrancar dinheiro aos ricos e votos aos pobres,
com o pretexto de protegê-los uns dos outros."

A diferença entre Paraíso e Inferno



O PARAÍSO É UM LUGAR ONDE:

- A polícia é britânica

- Os cozinheiros são franceses

- Os mecânicos são alemães

- Os amantes são portugueses

- E tudo é organizado pelos suíços


O INFERNO É UM LUGAR ONDE:

- A polícia é alemã

- Os cozinheiros são ingleses

- Os mecânicos são franceses

- Os amantes são suíços

- E tudo é organizado pelos portugueses

23.8.05

Infernos...(não se enervem, não é sobre fogos)



Um infeliz pecador morreu e foi parar à porta do Inferno. Lá, um diabinho adjunto perguntou-lhe:
- Quer ir para o Inferno Português ou para o Alemão?
O infeliz pergunta qual é a diferença.
- Bom, existe um muro que separa os dois infernos. No Inferno Português, terá que comer uma lata de 20 kg de merd* ao pequeno-almoço, ao almoço e ao jantar. Depois, o Diabo leva-o ao fogo infernal e, finalmente, vai dormir. No Alemão é igual, só que, ao invés de uma lata, terá que comer somente um pires de merd*.

O infeliz não pensou duas vezes e foi para o Inferno Alemão.
Chegando lá, reparou que estavam todos cabisbaixos e tristes. Enquanto que do outro lado do muro, ouvia-se um som de farra, muitas gargalhadas; enfim, uma festa muito animada. Não se contendo, o infeliz sobe o muro e chama alguém.•

- Hei! Como é que vocês conseguem estar tão contentes? Aqui o pessoal come um pires de merd* e vive triste, enquanto vocês comem uma lata de 20 kg.
- Bom, é que aqui é Portugal. Um dia falta a lata, no outro falta merd*, no outro o Diabo não vem, no outro é feriado, depois fazemos ponte e, no outro dia, falta lenha para o fogo, e assim se vai andando. É só festa!!!...

22.8.05

Inquietação



Quando o nosso pequeno paraíso é aquele ponto branco no meio dos pinhais, e sabemos que à volta já pouco resta, como é ainda visível do lado direito, a inquietação deita-se, dorme, e acorda connosco face a este braseiro em que o país se transformou...
Já se assiste aos telejornais como se uma novela fosse, à espera do próximo episódio quantas casas terão ardido desta vez, o sofrimento em directo explorado pelas televisões até um limite que excede o desejável.
Eu sei que o tema é recorrente, mas é escandaloso como se repete ano após ano, em proporções cada vez mais avassaladoras, e tenho de gritar esta raiva, esta impotência, esta dôr e esta revolta!! Antes que rebente...

21.8.05

O presente e a realidade



Vive, dizes, no presente;
Vive só no presente.

Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as coisas que existem, não o tempo que as mede.

O que é o presente?
É uma coisa relativa ao passado e ao futuro.
É uma coisa que existe em virtude de outras coisas existirem.
Eu quero só a realidade, as coisas sem presente.

Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas coisas como presentes; quero pensar nelas como coisas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.

Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.


Alberto Caeiro

19.8.05

Para alguém que gosta da solidão


Este post dedico-o ao Finúrias, que embora eu não conheça pessoalmente, me perturba a sua postura de solitário...peço desculpa pela extensão do poema, embora tenha cortado algumas partes, traduz um pouco a imagem que tenho dele.

(...)

Basta abrir a porta e vejo-te,
Arquitecto impassível das tuas
Próprias sombras, preso
pela vertigem do silêncio a este
chão usado, a esta mesa, aquela
súbita reprodução dos girassóis
de Van Gogh – devoradores
olhos vegetais e cegos
para sempre, loucura
e primavera no meio de férias
transitórias e intensas
e pontas de cigarro e restos
de batôn no lábio triste de
uma chávena vazia.

II

Às vezes tento empurrar-te
Todo pelas janelas
Para te encheres destas ruas
E apressadas gentes
Mas tu recuperas sempre
A tua poeira mais íntima, o contador
Do aquecimento, estas estantes já habituadas
A todas as lutas das palavras,
Perfeitamente cépticas entre bíblias,
Novelas, tratados, dicionários,
Guias turísticos ou apenas

O último número dos jornais
Ao fim da tarde e através
Das florestas e do mar
E risos de crianças a subirem
Como balões, antes da noite, ou outras
Maneiras de existir contente.

III

À mesa solitária apareces
Por vezes, de surpresa,
E todas as paredes entram e ficam
Em mim.

IV

Os que já em ti dormiram sós
Ou nus e juntos para se cruzarem
Na húmida pressa do amor
Captado entre os joelhos
E caírem, depois, cada um
Para dentro dos seus próprios erros,

Seriam jovens? Velhos? Terão
Perguntado por si mesmos diante
dos espelhos? Corações chegados
de longas infâncias, parentes, sinais
decifrados à custa de muitos
lugares ou coisa que não havia
antes de as sofrer ou perdoar,

e a companhia do álcool em vez
do sono, as diferentes posições
dos factos e dos corpos,
gratuitos sorrisos que salvaram
quase tudo segredos mútuos
dor partilhada insultos ainda
por esquecer, despedidas
ao longo de um vento
cada vez mais cheio de olhos
velozes e aflitos ou algo
de jovem e de bom

regressarem a ti todas as noites
o que queria dizer para eles?
Ter-se-ão zangado sem nada aprenderem
Do ódio mútuo, da difícil
Alegria de tocar de novo
A aurora do amor nos lábios
E a nudez insondável das palavras
Que nascem dos beijos e das tempestades
Da alma pelo corpo todo?



V

À noite, quando entro, dispo-te
Com a lâmpada do tecto mas
Nas cortinas tu cerras
As pálpebras e as tuas mãos
Guardam-te sob as portas
Do armário e ocultas
O rosto entre as madeixas
Das roupas penduradas.

VI

Assim te faço cúmplice
Do encontro impossível com a amada
Longe, e releio a última
carta, o calor instantâneo
dos dedos ausentes ali presos
a cada linha como uma
caricia. Depressa, já posso
fechar os olhos. Boa noite, digo
e volto a dizer até que algo
no tempo, uma flor, uma frase,
as mãos do escuro apertadas
nos nervos, te trazem
de novo para entrarmos
juntos no sono. Até amanhã...

Vitor Matos e Sá

17.8.05

Afinal ficou D'Aiga



Tudo por causa do nome de uma propriedade à qual soi chamar-se "Pena d'aiga", que alude às penas das águias da região. O meu António que não ouve por aí além (o que não lhe convém) quando lhe disse o nome, em vez de D'aiga, entendeu Veiga...o que agora é uma confusão, com ele a chamar-lhe: Veiga, anda cá meu****, a contrastar com o amoroso : D'aiga, meu bichinho, anda cá, meu e dos sobrinhos e tias...só espero que isto não lhe traga futuros problemas de personalidade porque o gajo é munta giro! É ou não é?

Espera


ESPERA

Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.

Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.

Eugénio de Andrade

16.8.05

Saudades da chuva



Meto-me para dentro, e fecho a janela.
Trazem o candeeiro e dão as boas-noites,
E a minha voz contente dá as boas-noites.
Oxalá a minha vida seja sempre isto:
O dia cheio de sol, ou suave de chuva,
Ou tempestuoso como se acabasse o Mundo,
A tarde suave e os ranchos que passam
Fitados com interesse da janela,
O último olhar amigo dado ao sossego das árvores,
E depois, fechada a janela, o candeeiro aceso,
Sem ler nada, nem pensar em nada, nem dormir,
Sentir a vida correr por mim como um rio por seu leito,
E lá fora um grande silêncio como um deus que dorme.

Alberto Caeiro

12.8.05

Cavalo de palavras




Cavalo de palavras quem me agarra
Quem aparta de mim esta saudade?
Quem fez da minha voz uma guitarra
Tocada pelos dedos da verdade

Cavalo de palavras quem me dera
Poder erguer a voz. Calar o pranto.
Trazer no meu poema a primavera
Por dentro duma flor de verde espanto.

Cavalo de palavras meu amigo
Meu soneto de mágoa mais acesa
Pelas praias do sangue vou contigo

Percorrer esta língua portuguesa
Procurando o lugar que é o abrigo
Das enormes gaivotas da tristeza.

Joaquim Pessoa
in: Amor Combate 1976

10.8.05

Factura de limpeza

Cópia da factura que um mestre de obras apresentou em 1835 respeitante a uma reparação que fez na capela do Bom Jesus de Braga.
(Documento existente na Torre do Tombo)
--------------------------------------------
Por corrigir os dez mandamentos, embelezar o Sumo Sacerdote e mudar-lhe as fitas 170 reis
Um galo novo para o S. Pedro e pintar-lhe a crista 80 "
Dourar e pôr penas novas na asa do Anjo da Guarda 120 "
Lavar o credo do Sumo Sacerdote e pintar-lhe as suíças 100 "
Tirar as nódoas ao filho de Tobias 95 "
Uns brincos para a filha de Abraão 245 "
Avivar as chamas do inferno, pôr um rabo novo ao Diabo e fazer consertos nos condenados 185 "
Renovar o céu, arranjar as estrelas e lavar a lua 130 "
Retocar o purgatório e pôr-lhe almas novas 355 "
Compôr o fato e a cabeleira de Herodes 95 "
Meter uma pedra na funda de David, engrossar a cabeleira de Tobias e amarrar as pernas a Saúl 95 "
Adornar a Arca de Noé, compor a barriga do Filho Pródigo e limpar a orelha esquerda de S. Tinoco 150 "
Pregar uma estrela que caiu ao pé do coro 25 "
Uma botas novas para o S. Miguel e limpar-lhe a espada 255 "
Pôr os cornos ao Diabo e limpar-lhe as unhas 185 "
Fazer um menino à Nossa Senhora 210 "
_________
Total 2.495 "
Braga, 25 de Dezembro de 1835

9.8.05

Sempre em flor


Não sei se sabem mas, há dois anos atrás, decidi casar-me com o meu companheiro de há 22 anos; com a preciosa ajuda da minha mana e madrinha Lucy, fizemos uma festa em família - só mesmo a mais chegada - éramos 35 pessoas, em nossa casa, uma festa muito agradável, e há um ano atrás decidi comemorar essa data convidando alguns amigos, de entre os quais os meus patrões e um colega de trabalho. Esse meu colega ofereceu-me amávelmente esta orquídea, com uma linda flor branca.
Tem sido tratada com carinho, está num sítio previligiado da casa e tem estado sempre, sempre em flor, deitando flores atrás de flores, cada dia mais viçosa...comparo-a à minha relação com o meu marido, apesar dos anos passarem, estamos cada vez mais próximos um do outro, não da relação perfeita, ou da felicidade, mas sim: um do outro.
E nos dias que correm é muito bom termos alguém próximo de "nós", ter uma flor que continua a desabrochar viçosa...

Grandes diferenças

8.8.05

Parabéns Zédinho!!



Que este dia se festeje por muitos e felizes anos! são os desejos da tia melga, para o meu sobrinho que tem tanto de alto como de querido...

7.8.05

Rifão quotidiano




Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece


Mário Henrique Leiria
(in: Contos do Gin Tónico)

5.8.05

Nada de novo...


COMUNICADO


Na frente ocidental nada de novo.

O povo

Continua a resistir.

Sem ninguém que lhe valha,

Geme e trabalha

Até cair.

Miguel Torga

Hot, very very hot


Como a minha mãe costuma dizer: até derrete as pedras da calçada...

4.8.05

Lembrando Miguel Torga


REGRESSO


Quanto mais longe vou, mais perto fico
De ti, berço infeliz onde nasci.
Tudo o que tenho, o tenho aqui
Plantado.
O coração e os pés, e as horas que vivi,
Ainda não sei se livre ou condenado.

Wanna play?

3.8.05

Comprovem aqui

Como é muito mais bonito do que muito boa gente pensa...

Assim, quando te mandarem para lá,

já sabes onde fica...
CERTIFICADO

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2.8.05

Canção erótica

Alegria é este pássaro que voa
Da minha boca à tua. É este beijo.
é ter-te nos meus braços toda nua.
Sentir-me vivo. E morto de desejo.

Alegria é este orgasmo. Esta loucura
De estar dentro de ti. E assim ficar.
Como se andasse perdido e à procura
De possuir-te.
E possuir-te devagar...

Joaquim Pessoa

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1.8.05

Amante da liberdade

Guardo uma imagem na memória
aconchego-a nas mãos devagarinho,
como uma imagem ilusória
relembro cada momento com ternura
quando te queria proteger e tu,
só querias a liberdade
fora dos meus gestos, como
uma mariposa livre.
Nada te poderá prender
nada te conseguirá mudar
nada te poderá converter
em borboleta sem asas, para voar...

Ivamarle


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Ser prestável...

Altas horas da madrugada, o casal acorda ao som insistente da campainha da casa.
O dono da casa levanta e pela janela pergunta:
- O que é que você quer?
- Olá, eu sei que é tarde - grita um homem . Mas preciso que alguém me empurre, e sua casa é a única nesta região. Você precisa me empurrar!
Louco da vida, o recém - acordado replica:
-Eu não te conheço, são 4 horas da manhã, e me pede para te ajudar? Vá te catar!
E ele volta para a cama. Sua mulher, que também acordou, não gosta da atitude do marido:
- Você exagerou. Você já ficou sem bateria antes, você bem que poderia ajudar esse cara.
- Mas ele está bêbado - desculpa-se o marido.
- Mais um motivo para ajudá-lo - insiste a mulher - Ele não vai conseguir sozinho. Você que sempre foi tão prestativo..
Tomado por remorsos, o marido se veste e vai para a rua. Procura o bêbado dizendo:
- Hei, cara, vou lhe ajudar! Onde é que você está?
E o bêbado gritando:
-Aqui, no balanço do jardim!