31.5.06
As primeiras flores
Estes dois cactos até à data, têm-se limitado a dar filhotes, finalmente este ano decidiram dar flor, gosto particularmente da cor de rosa.
30.5.06
Finalmente, para a menina Psique
(clique no título)
Devo confessar que este foi mais um “verdadeiro” desafio e passo a explicar o porquê:
-Uma roupa de Verão para uma menina que diz não ser muito alta, que pretende disfarçar também, algumas (pretensas, com certeza) gordurinhas e em castanho...
No meio de tudo isto, o maior desafio é, para mim, a cor: castanho! Uso bastante o castanho, mas não em roupa de Primavera/Verão, mas sim para roupas mais quentes; por outro lado, não conhecendo o alegado teor das ditas gordurinhas, optei pelo desenho de umas calças, que deverão ser cingidas até ao joelho, só então alargando um pouco ao fundo da perna. Para conjugar, escolhi um Top com corte Império, em tecido leve estampado, em várias tonalidades de castanho, com uma flor de tecido no decote, sendo o mesmo debruado em fita de cetim.
A minha escolha baseou-se na tentativa de chamar a atenção para o decote, que deve evidenciar-se em alguém que não é muito alto, e no franzido suave do corpo do Top, que é o ideal quando se pretende disfarçar alguma “banhita” a mais na zona da cintura, que é o que eu própria faço, pois não suporto olhar para aquelas mulheres de 30 e mais anos, cheias de “pneus” e com as barrigas à mostra e T-shirts justíssimas, que só lhes avivam mais a presença dos Michelin; se não há força para a ginástica, haja ao menos bom gosto e algum decoro...
Não sei se a Psique vai gostar, a mim ainda me parece um pouco estranho quando o olho, espero que seja só por não estar habituada às cores usadas. De qualquer forma, foi feito com muito empenho e uma abençoada Migraspirina, para aliviar a enxaqueca com que acordei hoje, o que consegui só o tempo suficiente para acabar o desenho e agora está a regressar e já me custa ter os olhos abertos, como tal, vou descansar e tomar outra, a ver se esta não adormece comigo.
Beijinhos e até amanhã!!
Para relaxar
Quantas pessoas são necessárias para trocar uma lâmpada?
Depende....
Gays?
Seis: um para trocar e cinco para ficar gritando: Linda! Poderosa! Maravilhosa! Divina! Tuuudoo!
Peruas?
Duas: uma chama o electricista e a outra preparar os drinques.
Psicólogos?
Apenas um, mas a lâmpada PRECISA QUERER ser trocada.
Loiras?
Cinco: uma para segurar a lâmpada e outras quatro para girarem a cadeira.
Consultores?
Dois... Um sempre abandona o trabalho no meio do projecto.
Bêbados?
Um, só pra segurar a lâmpada, enquanto o teto vai rodando.
Analistas de sistemas?
Trocar pra quê! Não tem problema algum com a lâmpada velha, porque nos testes aqui no escritório ela funcionava bem...
Ativistas Gays?
Nenhum. A lâmpada não precisa mudar para ser aceita pela sociedade.
Cantores sertanejos?
Dois: um troca a lâmpada e o outro escreve uma canção sobre os bons tempos da lâmpada antiga...
Machões?
Nenhum: macho não tem medo de escuro.
Patricinhas?
Duas: uma pra segurar a Coca light e outra pra chamar o papai.
Argentinos?
Um só: ele segura a lâmpada e o mundo gira ao seu redor.
Mulher com TPM?
Só ela! Sozinha!! Porque ninguém, dentro desta casa sabe como trocar uma lâmpada! São um bando de IMPRESTÁVEIS!!! Eles nem percebem que a lâmpada queimou! Eles podem ficar em casa no escuro por três dias antes de notar que a bosta da lâmpada queimou! E quando eles notarem, vão passar mais cinco dias esperando que EU troque a lâmpada, porque eles acham que eu sou a ESCRAVA deles!!! E quando eles se derem conta de que eu não vou trocar a lâmpada, eles ainda vão ficar mais dois dias no escuro porque não sabem que as lâmpadas novas ficam dentro da droga da dispensa! E se, por algum milagre, eles encontrarem as lâmpadas novas, vão arrastar a poltrona da sala até o lugar onde está a lâmpada queimada e vão arranhar o piso todo, porque são INCAPAZES de saber onde a escada fica guardada! É inútil esperar que eles troquem a lâmpada, então sou eu mesmo quem vai trocá-la! E como eu sou uma mulher independente, vou lá e troco! E SOME DA MINHA FRENTE!!!
Depende....
Gays?
Seis: um para trocar e cinco para ficar gritando: Linda! Poderosa! Maravilhosa! Divina! Tuuudoo!
Peruas?
Duas: uma chama o electricista e a outra preparar os drinques.
Psicólogos?
Apenas um, mas a lâmpada PRECISA QUERER ser trocada.
Loiras?
Cinco: uma para segurar a lâmpada e outras quatro para girarem a cadeira.
Consultores?
Dois... Um sempre abandona o trabalho no meio do projecto.
Bêbados?
Um, só pra segurar a lâmpada, enquanto o teto vai rodando.
Analistas de sistemas?
Trocar pra quê! Não tem problema algum com a lâmpada velha, porque nos testes aqui no escritório ela funcionava bem...
Ativistas Gays?
Nenhum. A lâmpada não precisa mudar para ser aceita pela sociedade.
Cantores sertanejos?
Dois: um troca a lâmpada e o outro escreve uma canção sobre os bons tempos da lâmpada antiga...
Machões?
Nenhum: macho não tem medo de escuro.
Patricinhas?
Duas: uma pra segurar a Coca light e outra pra chamar o papai.
Argentinos?
Um só: ele segura a lâmpada e o mundo gira ao seu redor.
Mulher com TPM?
Só ela! Sozinha!! Porque ninguém, dentro desta casa sabe como trocar uma lâmpada! São um bando de IMPRESTÁVEIS!!! Eles nem percebem que a lâmpada queimou! Eles podem ficar em casa no escuro por três dias antes de notar que a bosta da lâmpada queimou! E quando eles notarem, vão passar mais cinco dias esperando que EU troque a lâmpada, porque eles acham que eu sou a ESCRAVA deles!!! E quando eles se derem conta de que eu não vou trocar a lâmpada, eles ainda vão ficar mais dois dias no escuro porque não sabem que as lâmpadas novas ficam dentro da droga da dispensa! E se, por algum milagre, eles encontrarem as lâmpadas novas, vão arrastar a poltrona da sala até o lugar onde está a lâmpada queimada e vão arranhar o piso todo, porque são INCAPAZES de saber onde a escada fica guardada! É inútil esperar que eles troquem a lâmpada, então sou eu mesmo quem vai trocá-la! E como eu sou uma mulher independente, vou lá e troco! E SOME DA MINHA FRENTE!!!
29.5.06
Não sei se é bom ou mau...
You Are Bert |
Extremely serious and a little eccentric, people find you loveable - even if you don't love them! You are usually feeling: Logical - you rarely let your emotions rule you You are famous for: Being smart, a total neat freak, and maybe just a little evil How you life your life: With passion, even if your odd passions (like bottle caps and pigeons) are baffling to others |
Serei mesmo assim?
(roubado descaradamente AQUI mas ele também já o tinha roubado...)
Teach your children well
Há imenso tempo que não ouvia o album Déjà vu, dos Crosby, Stills, Nash & Young.Esta canção em particular traz-me memórias suaves, em que a cantava com as minhas irmãs; assim, decidi colocar aqui a letra a acompanhar mais uma bela foto que recebi por mail e da qual desconheço o autor.
Tenham uma boa semana!!
You who are on the road
Must have a code that you can live by
And so become yourself
Because the past is just a good-bye.
Teach your children well,
Their father's hell did slowly go by,
And feed them on your dreams
The one they picks, the one you'll know by.
Don't you ever ask them why, if they told you, you will cry,
So just look at them and sigh
and know they love you.
And you, of tender years,
Can't know the fears that your elders grew by,
And so please help them with your youth,
They seek the truth before they can die.
Teach your parents well,
Their children's hell will slowly go by,
And feed them on your dreams
The one they picks, the one you'll know by.
Don't you ever ask them why, if they told you, you will cry,
So just look at them and sigh and know they love you.
28.5.06
As urgências têm prioridade
Quando surgem pedidos urgentes, só há que satisfazê-los de imediato sob pena da “tangente”, se tornar numa “secante”...
Então como o aniversário da Abox não pode ser alterado, alterei eu a ordem dos desenhos das “fatiotas”.
Aconselho que esta seja feita em seda a machucada no top e cós da saia, sendo o corpo da saia na mesma seda, mas lisa e com 2 peças sobrepostas para atenuar a transparência, sendo todo o conjunto em batik em cores de fogo.
Devo desde já dizer que tenho pouco contacto com a menina Abox e como tal, corro o risco de ter feito uma “aberração” para o seu gosto, mas se assim for, aproveito para descascar no namorado, que já está habituado...
Sinceramente espero que não o aches muito mau, mas se assim for, o próximo sairá melhor. Beijinhos.
27.5.06
O calor apressou-as
25.5.06
Mais um para o rol dos inacabados
Após o esclarecimento prestado pelo distinto Senhor a quem se destinava o “modelito”, resolvi dar este como inacabado e partir para uma coisa mais fresca para o moço, até porque ele quando era pequeno queria ser camionista, facto que já se me havia varrido completamente...
De qualquer forma deixo-vos aqui o fraco esboço que consegui, após inúmeras tentativas de desenhar algo de jeito. Como vêem, ia sair mesmo uma bosta (a Provedora anda por aí, há pouco deve ter mandado um murro na mesa, porque o meu écran tremeu e não é TFT, é melhor ter tento na língua...), como tal, fica uma bosta na mesma, mas uma bosta arquivada, OK?
P.S. Todos os desenhos apresentados neste desafio, têm as dimensões aproximadas de 15x6 cm
Mais um duque, que neste caso é Roque
Onde é que já se viu, na alvorada do Verão, pedirem-me um desenho de um corta-vento, ou seja : qualquer coisa tipo parka, “mas em giro”, como disse o autor do pedido...
Porra!! Já não me chega não saber desenhar homens, muito menos as “fardamentas” deles.
É que se olha para uma Hilfiger, Burberry ou outras e são todas iguais, excepto alguns bolsos e na diferença de cores.
Antes de ser despedida, tive uma acção de formação sobre a representação que iríamos ter da marca “James Harvest”, sportswear, golf e outerwear, isso serviu para me aperceber que o importante neste tipo de artigos, é a qualidade e composição dos materiais com que são confeccionados, por exemplo a introdução do Teflon para impermeabilizar e dar resistência, a completa impermeabilização das costuras com uma matéria no género da silicone, na parte interior e também uma panóplia de bolsos e bolsinhos, mas tudo no interior.
Como é que eu consigo desenhar uma coisa que não pareça igual às 300.000 que andam para aí? Hein, seu Comufo? Sabes o que é que me arranjaste, para além do pulso que ainda não está bom? Uma dor de cabeça do caraças que até tive de ir comprar Migraspirina e uma tarde inteira a fazer rabiscos sem jeito nenhum, a apagar e a tornar a desenhar e apagar outra vez, para sair a caca (para não dizer coisa pior, que a Provedora anda por aí) que verás amanhã, isto se tudo não piorar ainda mais; a ver vamos...
P.S. Roque, se te acontecer alguma desgraça, não é culpa minha, eu cruzei os dedos quando te estava a rogar as pragas.
Porra!! Já não me chega não saber desenhar homens, muito menos as “fardamentas” deles.
É que se olha para uma Hilfiger, Burberry ou outras e são todas iguais, excepto alguns bolsos e na diferença de cores.
Antes de ser despedida, tive uma acção de formação sobre a representação que iríamos ter da marca “James Harvest”, sportswear, golf e outerwear, isso serviu para me aperceber que o importante neste tipo de artigos, é a qualidade e composição dos materiais com que são confeccionados, por exemplo a introdução do Teflon para impermeabilizar e dar resistência, a completa impermeabilização das costuras com uma matéria no género da silicone, na parte interior e também uma panóplia de bolsos e bolsinhos, mas tudo no interior.
Como é que eu consigo desenhar uma coisa que não pareça igual às 300.000 que andam para aí? Hein, seu Comufo? Sabes o que é que me arranjaste, para além do pulso que ainda não está bom? Uma dor de cabeça do caraças que até tive de ir comprar Migraspirina e uma tarde inteira a fazer rabiscos sem jeito nenhum, a apagar e a tornar a desenhar e apagar outra vez, para sair a caca (para não dizer coisa pior, que a Provedora anda por aí) que verás amanhã, isto se tudo não piorar ainda mais; a ver vamos...
P.S. Roque, se te acontecer alguma desgraça, não é culpa minha, eu cruzei os dedos quando te estava a rogar as pragas.
Criações
24.5.06
E continua a sinfonia
23.5.06
Como não percebo nada de "góticos"
Isto foi um caso muito complicado. Já na sexta-feira eu tinha um vestido preparado para a Inha, só me faltavam escolher as cores, daí ter pedido indicações.
No domingo quando cheguei da serra, achei que não era aquilo que queria para ela, como tal, desenhei mais 4 modelos diferentes para uma jovem “mecinha”, todos frescos e esvoaçantes, em cores claras e curtos, a pedir Verão...
Quando já tinha finalmente eleito o modelo, recebo a informação que o vermelho e o curto não eram de todo as preferências da pessoa a quem se destinava o dito desenho...com esta é que me lixei, pois não estava nada à espera; conclusão: toca a desenhar outros modelos mais ou menos dentro do estilo “meio gótico”, que a Inha diz preferir. Em primeiro lugar não tenho grande conhecimento do estilo em causa, em segundo lugar, acho que é demasiado pesado para uma jovem, mesmo assim avancei.
Portanto, todas as críticas serão pertinentes quanto à escolha que aqui deixo. Quanto a mim, é demasiado “pobre” em termos estilísticos e por outro lado, dentro das cores escuras que ela deve preferir, para não ser totalmente em preto, escolhi um tom beringela para o corpete estilo Thierry Mugler e deixei o preto para o veludo da saia.
Deixo desde já o reparo para a fraca qualidade do desenho, mas com o pulso aberto não consegui fazer os sombreados como deveriam ser.
Não sei se vais gostar Inha, mas acredita que nesta fase, acho que não me sai nada melhor, apesar da intenção ser boa, nem sempre isso é suficiente. Beijinhos!
Mais logo, para esta menina
(clique no título)
Sai uma encomenda em estilo (aproximadamente) gótico...
Sai uma encomenda em estilo (aproximadamente) gótico...
22.5.06
21.5.06
Olhares
20.5.06
Para a Senhora Provedora
"Eizi-o!"!!!!
Já que ela não queria muita febra de fora, fiz-lhe um vestido cai-cai, mas bem conchegadinho por um pequeno bolero, quanto a mim o ideal seria veludo fino, mas também poderia ser num outro tecido opaco, nunca cetim ou algo no género, senão pareceria uma sirene da policia a "catrapiscar" com tanto brilho.
Já sei que te vais queixar de alguma coisa, mas a intenção foi a melhor e com 70% de desconto, acho que é uma pechincha...
19.5.06
Amanhã sai o vestidito da Srª Provedora
(clique no título)
Já que ela não queria "as carnes de fora", tratei de a aconchegar e já agora aceitam-se sugestões de cores para o vestido de noite dela e também para um vestido curto da Inha, de que já só faltam os pormenores. A gerência agradece.
Já que ela não queria "as carnes de fora", tratei de a aconchegar e já agora aceitam-se sugestões de cores para o vestido de noite dela e também para um vestido curto da Inha, de que já só faltam os pormenores. A gerência agradece.
18.5.06
PARABÉNS FINÚRIAS
Aqui vai uma receita criada de propósito para ti, com grande labor do meu único neurónio. Para o êxito da mesma, é imprescindível a excelente qualidade dos ingredientes e o respeito pelos tempos e temperaturas, espero que gostes! (agora desgraça-te...)
Salada quente de aniversário do Fifizinho
Toma-se uma mulher tenra, mas consistente e suculenta.
Começa-se por fazer uma marinada com 1 copo de vinho tinto excelente e uma música ambiente soft, tipo Sade ou Krall e coloca-se num sofá confortável, a tomar gosto.
Deve depois, barrar-se suavemente com um roçar de lábios, na zona da nuca e do pescoço.
Juntam-se então sussurros soprados com leveza perto do lóbulo da orelha, e continua a barrar-se suavemente, até que levante fervura e só nessa altura se deve juntar o arrebatamento e instinto animal q.b.
Consumir de imediato sem deixar arrefecer, e para finalizar prepare um flute com morangos reduzidos a pasta e junte o melhor Brut Français que tiver, “et voilá!”
FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!
17.5.06
Sai mais uma encomenda...
Isto de desenhar roupa para quem não se conhece pessoalmente já é difícil, mais ainda se torna, quando além disso não se faz a mínima ideia da idade da pessoa.
Eu não sei a que faixa etária pertence a Damelum, mas pela qualidade da sua escrita, intuo que não será nenhuma adolescente, daí ter desenhado um vestido de festa que é abrangente em termos de idade, a única questão que se coloca quanto a mim, são as cores; desenhei nestes tons para alguém que seja acima dos 45, no entanto se a idade for inferior, gostaria mais de o ver em tons de amarelo e laranja, em várias nuances desses dois tons, ou mesmo noutras cores alegres, mas sempre confeccionado em crepe de seda ou voile.
Peço desde já desculpa se não vai de encontro aos gostos da pessoa em causa, mas se tal acontecer é mera consequência de se fazer as coisas às cegas.
E agora vou tratar do traje da mana, porque de momento, não estou com veia para roupa masculina, pois como já sabem e tiveram oportunidade de ver, não tenho jeito nenhum e só me saem duques...
16.5.06
Menos um dia a somar à vida
Já vos falei aqui da Manel e do seu percurso de vida algo atribulado, de como ela não confiava praticamente em ninguém, excepto em mim.
Quando foi presa a dada altura e eu tinha duas amigas que eram Guardas Prisionais, tive a facilidade de lhe fazer algumas visitas, em dias que seriam só para a família, mas como a dela a proscreveu, ela não tinha mais ninguém que lhe trouxesse os ecos da vida fora de muros, nem com quem desabafar sobre aquele degredo, que não mata, mas vai moendo. Consegui fazer entrar um walkman, que era proibido na altura, para que ela se abstraísse um pouco daquela realidade, e incentivei-a a escrever-me fosse o que fosse, desde que lhe aliviasse aquele exílio.
Recebi várias cartas dela, todas tristes e melancólicas, como é óbvio e a contar o que eram os seus dias de 24h passadas sempre fechada naquele cubículo, que tinha sido construído para albergar 8 detidas, mas onde estavam na altura, 22 mulheres e duas crianças, tive oportunidade de o constatar pessoalmente, devido às relações privilegiadas com as guardas e só vos digo que me fez lembrar os filmes sobre os campos de concentração, com as devidas diferenças, claro.
Eu pensava, e não só eu, que o que mais lhes custava era olhar as grades, que lhes recordavam constantemente a sua condição, mas não era assim, e isso foi-me confirmado tanto por guardas, como por ex-reclusos com quem falei, o que mais perturbava eram os sons das chaves nos gradões, nas sucessivas rondas, o som metálico a ecoar naquele vazio de vida.
Decidi compilar excertos de algumas cartas dela, para vos fazer um relato de como se passa um dia naquele lugar; as vivências foram dela, só as palavras são minhas.
Seis da manhã. Ainda é de noite, abre os olhos para os silêncio que ainda é possível ouvir, só entrecortados pelo som das chaves nos gradões. Sempre aquele som, o bater do ferro, seja dia ou noite é só o que se ouve a acompanhar a solidão.
Levanta-se para desfrutar a única hora de paz que lhe resta no dia; vai tomar banho fora da escala, que só começa às 7h e há água que chegue para as 4 ou 5 que têm direito nesse dia da parte da manhã, só até às 7.30h, mais banhos só á noite quando de novo baterem os gradões às 18h.
Antes de ir para o duche, põe a cafeteira ao lume – um luxo numa prisão – e quando sai, acaba de fazer o café, escreve um pouco e aprecia os sons fracos que lhe chegam do exterior, embora tenha de se esforçar para colocar em segundo plano, os contínuos sons das portas de ferro e das chaves a bater, sempre este som metálico ao longo do dia...
7 horas da manhã, chegou a guarda de serviço, acabou-se o sossego naquele cubículo feito para oito, e onde estão vinte e duas, mais duas crianças...
Começam os sons das vozes roucas ao levantar, as mesmas perguntas: ” ’tão? Demora muito esse duche? Olha o “conto”, só faltam 15 minutos”; “quem me tirou daqui da corda o meu soutien?”; “fizeste café? Dás-me um bocadito? Esta semana não tenho visita”...
7.30h , parece a tropa tudo enfileirado, vestido e penteado: ”não sabem que não se vem para o conto de robe?” vai-te vestir imediatamente!”
-“Srª Guarda, hoje há recreio?”
-“sei lá, depende do que se passar naquele lado e do tempo”...
-“vá, quem está escalado comece com as limpezas, as outras fiquem sossegadinhas a ver se vamos ao recreio”
-“e se chover?”
-“não vais ao recreio, mas ficas sossegada na mesma, percebes?”
Depois de uma manhã a matar tempo, chegam as marmitas com a sopa indefinível, e outra vez frango cozido, chamam-lhe assado...poucas comem, mas as mais “batidas”, que já lá estão há mais tempo, guardam para a noite quando a guarda se vai embora, fazem um refogado com cebola (que só entrou à sucapa, como se fosse para pôr na salada, pois é proibido cozinhar) e temperam a gosto, para ficar comestível.
-“quantos pregos encontraste na sopa hoje?”
-“tive sorte, foi só um parafuso...”
- “vamos ver televisão toda a tarde, está a chover, não há recreio...”
- “realmente, aquela paisagem do parque das motorizadas dos guardas, deixa saudades...ah!ah!ah!”
- “são só 3 metros por 2 , mas dá para olhar o céu sem grades...”
Mais um dia de headphones nas orelhas, embora o som das chaves nos gradões não consiga ser aliviado ou substituído, mas assim não se deixa agredir pelas enormidades que trocam as assassinas com as burlonas, ou as traficantes com as aspirantes a meras “malfeitoras”, miúdas que nem sabem onde estão e se gabam do que hão-de fazer, até que lhes começam a aparecer os “pombos” e elas não entendem o que querem dizer aqueles nºs de artigos do Código Penal e é então que se viram para as lágrimas e o arrependimento, ou para variar, volta e meia, lá vem uma cena de pancadaria ou uma tentativa de suicídio, a semana passada foi a Clara que engoliu mais umas lâminas e duas colheres de café, uma ficou presa no esófago e ela passou muito mal, mas já não lhe ligam, passa a vida nisto, um desespero que nada aplaca, o desespero de existir, a raiva de ter nascido e não ter força para viver. Ela gosta de conversar com ela, a Clara, é só ela a quem confessa os mais recônditos desejos e temores, embora não dê ouvidos aos conselhos que ouve...
A guarda já foi embora, lá vai tudo para a cozinha preparar as iguarias possíveis, e de barriga cheia, ela nem espera pela habitual competição pelos canais de TV, às 21.30h já dorme e às 22h, apagam as luzes, e perpetua-se na noite o bater das chaves, o violento tilintar metálico.
Mais um dia no reino do insuportável, e as chaves continuam a bater nos gradões, ronda a ronda, incansáveis no tormento, na tortura em que se transformam para quem essas chaves só fecham portas, nunca as abrem...
15.5.06
Primavera
Finalmente consegui
Mais um niquito de inspiração e só saiu isto que diga-se, não é de todo digno de uma figura tão distinta da blogosfera, como "O iluminado timoneiro" Cogumelo anão.
não levem estas coisas para o lado do futebol, que isto nada tem a ver com o Sporting, e muito menos com o BES, não me comprometam, eu só quis fazer uma fatiota para quem gostava de ser DJ e continua fã dos computadores. Tinha de ser uma coisa leve, calcita de ganga e um polo numa cor alegre, para lhe dar boas ideias.
Se não gostares olha, paciência, não serás o primeiro, nem concerteza o último...
14.5.06
Como mudam as nossas palavras
(desconheço a autoria do desenho)
Continuando a remexer nas papeladas há muito esquecidas, deparei-me com uma série de poemas, que seria incapaz de escrever hoje em dia.Aquela poesia desesperada e angustiada pelo amor, aquelas "lamechices" que só são sérias ( e muito sérias mesmo), para quem as escreve, sendo para o resto das pessoas só mais uma série de palavras gastas. É assim que as leio agora: palavras gastas pelo passar do tempo e que deixaram de ser necessárias...
Sede de ti
Porque me persegue a tua voz
Em todos os passos, por todos
Os recantos em que me refugio
Para estar em silêncio, com a
Minha memória de ti?
Arrepiam-me a pele palavras tuas,
Como carícias roçam-me levemente
Os lábios, como se as dissesses em minha boca.
Enlouqueces-me os sentidos e voo,
Para onde estão os teus braços,
Neles me afogo, como um mar de carícias
E elejo esta morte como minha.
E é às vezes que me desperto
Num torpor de madrugada no teu corpo,
Que de impossível, me aviva mais o desejo
De possuí-lo.
Quando virás afinal saciar-me
Esta sede insuportável e fazer
Serenar este coração desprevenido?
Ivamarle (algures num passado distante)
12.5.06
Ai não, que não vê...
Sempre ouvi dizer que os caninos só vêem a 3 dimensões, não sendo portanto capazes, de ver televisão.
A minha cadela Nika, sempre se mostrou interessada por programas sobre a vida animal, embora eu pensasse que eram os sons que a atraiam, depressa verifiquei que não, bastou-me desligar o som para aperceber que a atenção que ela dedicava, era precisamente a mesma. Já reparei que ela não gosta nada, mas mesmo nada de cobras, pois ladra-lhes e rosna quando as vê, e que fica stressada quando vê pássaros, atrás dos quais quer correr, bem como quando vê cães, só abana o rabo e salta porque quer brincar. Constatei isso mesmo, agora que está a dar na Eurosport uma competição canina de adestramento, e tive de lhe fotografar o entusiasmo que aqui vos mostro.
Pelo contrário, a Jota parece não ligar, ou mesmo nem se aperceber do que a Nika está a ver. Bom fim de semana!!
À espera da inspiração
Estou para aqui desde manhã cedo, a contemplá-la e a experimentar as cores, a fazer rabiscos nas folhas e a minha cadela de vez em quando vem espreitar, com aquela expressão de quem não percebe o que estou a fazer aqui no chão, sem ser brincar com ela. Espero que o calor ajude, porque até agora, nem uma ideiazinha ou uma qualquer luz me iluminou o espirito...
11.5.06
Agora podem comparar
Algumas pessoas recordar-se-ão de um post que coloquei, com o desenho da mãe que o meu marido fez há uns anos, do qual eu não tinha o original para que pudessem comparar a similaridade dos traços.
Acontece que descobri o negativo num estado, digamos, mais ou menos passível de ser revelado, o que fiz de imediato antes que se tornasse de todo impossível.
Fui buscá-la há pouco, mandei fazer em 20x25 para não exceder um tamanho que lhe tirasse muita definição, embora o desenho esteja feito em A4, mas a partir de uma 10x15. Perante tal leveza de traços, os pormenores e todo o conjunto, acho-o mais admirável ainda, pois conseguiu desenhá-la mais bonita do que na foto. Isto é o que se chama: photoshop manual (eh!eh!)
Mas concordam comigo que a minha arte ao pé desta, deixa muito a desejar...mas não faz mal, pode ser um dia consiga ganhar este jeito, até lá continuarei a tentar.
P.S.(mas não hoje; acordei com uma enxaqueca às 7 da manhã e até agora aguentei-me com comprimidos, mas tenho de ir para o escuro e o silêncio, antes que a minha cabeça rebente.)
Um desejo
Um homem caminhava pela praia de Cascais e tropeçou numa velha lâmpada.
Pegando nela, esfregou-a e... um génio saltou lá de dentro e disse:
"O.K.! Você libertou-me da lâmpada, blá, blá, blá!
Esqueça aquela história dos três desejos! Você tem direito a um desejo
apenas e ponto final."
O homem sentou-se e pensou por um instante. Depois disse:
"Eu sempre quis ir aos Açores, mas tenho um medo enorme de voar. E no mar
costumo ficar enjoado. Você poderia construir uma ponte até aos Açores,
para que eu pudesse ir de carro?"
O génio riu muito e disse:
"Isto é impossível. Pense na logística do assunto. Como é que as colunas
de sustentação poderiam chegar ao fundo do Oceano Atlântico? Pense em
quanto betão armado. Em quanto aço. Em quanta mão-de-obra...Não, de
maneira nenhuma! A ponte não pode ser! Pense noutro desejo..."
O homem compreendeu e tentou pensar num desejo realmente bom. Finalmente
disse:
"Sabe... Eu fui casado quatro vezes e quatro vezes me divorciei. As minhas
esposas sempre disseram que eu não me importava com elas e que sou um
insensível. Então o meu desejo é que eu possa entender as mulheres; saber
como elas se sentem por dentro e o que elas estão a pensar quando não
falam com a gente... Saber porque é que estão a chorar... Saber o que elas
realmente querem quando não dizem nada... Saber como fazê-las, realmente,
felizes!"
Ao que o génio respondeu:
"Queres a merda da ponte com duas ou quatro faixas?"
10.5.06
acontece
Tem-me acontecido mais assiduamente que o desejado, sentir-me despida de qualquer inspiração após períodos intensamente prolíficos. Quando me apetece desenhar ou escrever, é como se sofresse de hipergrafia e só me apetece fazer aquilo e mais nada, nem comer, nem beber e muito menos aquelas tarefas rotineiras a que somos obrigadas, essas então, deixam-me a boca amarga com sabor a raiva...
Hoje não consegui pegar num lápis, nem olhar qualquer folha branca; pesa-me a cabeça e os olhos e nem me apetece “ser”, limito-me a “estar” e para já, não sei dizer até quando.
São MOMENTOS...
Eis a fatiota do Manel
Ó Manel pá, desculpa lá mas a minha inspiração anda de rastos, ou melhor, ando toda eu de rastos...tu até sabes como gosto de ti e merecias uma farpela à maneira, toda elegante e tal, mas não quis trajar-te tipo :maitre d’Hotel, senão eras capaz de me mandar para um sítio que eu cá sei, topas?
Então optei por um look mais “casual”, pronto para qualquer encontro que possa surgir, para sacar do bloco e escrever umas coisas, ou ler o livro que tens na pasta, num qualquer banco ensolarado, ou ainda, para uma tertúlia com a mana na adega, (biba a Noruega!!).
Acho que os tons bejes ou verdes azeitona e castanhos, te assentam muito bem e sobretudo, dão com o teu tom de cabelo; por isso optei por um blusão de antílope muito leve em castanho avelã, com umas calças de ganga denim ou mesmo castanhas ou bejes, e uma camisola numa mistura de tons camel, castanho e cor de mel escuro.
A pasta não tem de ser Hermés, basta ser de couro verdadeiro castanho escuro.
Espero que tenhas gostado, pelo menos um bocadito, pois esta minha incursão pela moda masculina não me está a sair muito bem.Beijos!
9.5.06
Para a Mushu das calças rotas
Hoje o dia não foi muito produtivo confesso, deixei o Pé de Meia a meio, coitado, assim meio feito e meio por fazer, mas o raio das costas não me deixam ter posição conveniente para desenhar, para além dos olhos que vão de mal a pior, se não fossem os óculos de aumento que a mana me ofereceu, já não via nadinha...quando for grande, vou comprar um estirador.
Então aqui fica a Mushu Amélia Covadongas nas suas calças novas – não são Calvin Klein, mas é o que se pode arranjar – e para rematar, um top drapeado em malha de seda, com um cinto de contas multicolores, que é seguro por presilhas laterais no cós do top.
Se houver reclamações é favor dirigir-se ao Totta, lá é que os gajos são simpáticos, aqui no tasco é conforme os humores e hoje a “coisa” não está para aí.
A sério, espero que tenhas gostado pelo menos um bocadinho, pelo facto de te ter tirado, pelo menos, 90 kg e uns quantos gramas. Agora vou descansar os olhos, o Manel tem de aguentar-se pela metade até amanhã, sorry...
8.5.06
A Scania Vabis
Há coisas engraçadas. Por causa deste post do Manel, lembrei-me de alguém que havia esquecido há cerca de 30 anos... a Albertina.
A Albertina era um mistério insondável, resguardada na sua timidez e, quanto a mim, no seu complexo de inferioridade. Era feia, ou melhor, aquilo que comumente rotulamos de feia: tinha o cabelo cortado “à tigela”, tinha umas feições duras e uns olhos desconfiados, uma boca sem forma definida e uma dentadura que era um misto de cavalar, com vampiresco dado os seus caninos serem demasiado evidentes. Raramente se ria, o máximo que a vi fazer, acho que foi um esgar que pretendia ser um sorriso.
Como muitos dos meus colegas, vivia numa qualquer aldeia nos arrabaldes de Coimbra, era de famílias pobres e nunca a vi com uma roupa nova. Escusado será dizer que a crueldade da adolescência dos meus colegas, lhe fazia a vida negra. Para começar, puseram-lhe a alcunha de “Scania Vabis”, que era um modelo de camião da altura, do mais feio que existia, e estavam sempre a meter-se com ela, pois sabiam que nunca respondia a nada, não dizia nada, daquela boca raramente saiam frases que não fossem solicitadas nalguma aula, era assim a Albertina, para os outros.
Eu confesso que sempre tive uma tendência para me colocar do lado dos fracos e indefesos, a quem sempre tive o impulso incontrolável de estender uma mão, de dar uma palavra de afecto, ou simplesmente de solidariedade. Sempre fui assim e ainda sou, é algo que não consigo mudar, embora por vezes me arrependa, pois sofro coisas que não são “minhas”.
Na altura o dinheiro escasseava, mais ainda no meio escolar e a minha e muitas famílias recorriam ao que se chamava na altura o N.A .S.E. (núcleo de acção social escolar), os livros eram por ele fornecidos o que já ajudava. Quanto ao lanche, não havia dinheiro para muito e quando dava para uma bola de Berlim era bem bom. Ainda me lembro que costumava-mos juntar-nos 3 colegas e pedir no bar:” Dª Rosa, são duas bolas e um de carne”, e ela ficava pior que estragada, mas eram mesmo 2 bolas de Berlim e 1 pastel de carne...
Tinham surgido no mercado há pouco tempo, os yogurtes Yoplait com sabores, coisa inovadora e uma tentação, mas uma tentação cara que custava, se bem me lembro: 11$00 cada um, o que era um balúrdio, custava mais que algumas marcas de tabaco, o SG Filtro custava 14$00. No entanto, a Albertina comprava aos 3 e 4 por dia, e como me elegeu a sua única amiga, defensora e confidente, fazia questão de me oferecer um ou dois também. Confesso que aquilo me fazia confusão, apesar de adorar a oferta, pois a Albertina não aparentava ter posses que permitissem tais gastos, e muitas vezes me inquiri – e os colegas também – se ela não andaria a roubar dinheiro aos pais.
O facto é que nunca viemos a apurar a origem de tais recursos, pois como sabem na adolescência as escalas de valores mudam constantemente e o que hoje é importante, amanhã deixa de o ser.
Recordo com ternura a Albertina, era daquelas pessoas que não perturbam ninguém, que são para alguns, absolutamente invisíveis, mas que para mim era alguém com quem podia conversar, instigá-la a soltar-se, incentivá-la a enfrentar e retaliar, todas as afrontas que sofria, embora tenha de confessar que pouco consegui nesse sentido, no entanto senti que consegui algo, transmitir-lhe algum amor próprio e alguma segurança pessoal no intuito de perseguir os seus objectivos, sem deixar que os factores externos a perturbassem tanto.
Para o homem dos 7 instrumentos
Ora então cá estamos de novo. Este blog está a ficar demasiado centrado na minha pessoa e tenho receio de parecer presunçosa, coisa que não sou, de todo. Acreditem que é com a maior humildade e a perfeita noção das minhas fracas capacidades, que coloco aqui os meus desenhos ou por vezes, as minhas palavras e é claro que tenho gostado das reacções, chegando mesmo a surpreender-me por serem tão positivas.
Realmente este desafio que a Fatyly me colocou, teve o condão de me fazer regressar ao desenho com a vontade que havia perdido algures no percurso da vida, descobri de novo o prazer que me dá o deslizar de um lápis numa folha branca, descobri que apesar dos tremores, ainda consigo desenhar uma linha recta, mas mais que isso, avivou-me a imaginação e inventei uma companhia.
Assim sendo, e porque não estou a seguir qualquer ordem específica, fica a farpela para o Rui-son ir trabalhar no seu futuro gabinete de Design Gráfico; uma simples camisola de cachemira do género Missoni, com um tema gráfico no peito, umas calças simples de sarja ou até de bombazina e para rematar, um casaco de antílope fino. Em termos de cores eu sugeriria os bejes e castanhos, ou mesmo brick ou mostarda, que apesar de serem tons Outonais são bastante discretos e quentes.
Não faço a mínima ideia dos gostos do Rui, espero que pelo menos não tenha odiado, pois como já disse, são os primeiros passos no desenho de roupa masculina e têm de me perdoar os fracos resultados finais.
Agora vou para o atelier, tratar das calças novas da Mushu. Beijinhos e tenham uma bom início de semana.
7.5.06
Para a melhor mãe do mundo
Para o amigo que queria ser poste de alta tensão
Eu meto-me em cada uma...
Juro que estava para desenhar mesmo um poste, só um poste e mesmo assim, nem sabia se havia de ser de iluminação, de média ou alta tensão, é que não é coisa que desenhe frequentemente, enfim, só problemas...
E tudo isto porquê? Simplesmente porque me esqueci do “pequeno pormenor” de nunca ter desenhado roupa de homem, por não saber desenhar convenientemente o físico masculino e porque o meu gosto em termos de guarda roupa masculino é muito minimalista, assim tipo Armani descontraído e simples, o importante está nas cores e qualidade dos tecidos utilizados.
Espero que não tenhas levado a mal, mas optei por te tirar o poste e deixar só a “alta tensão”(eh!eh!), assim podes manter o bronzeado “à pedreiro” com essa roupita fresca, sem te sentires tão frustrado, por nunca teres conseguido ser o que desejavas.
E logo me havia de sair na rifa, um Papagaio que queria ser poste, quando fosse grande, isto só a mim!! E ainda me falta o Cogumelo (músico e informático), o Roque (camionista/contabilista), o Pé de Meia (ilustre pensador) e o Fifi (que não disse népia e é por causa disso mesmo), o Rui-son (que: Valha-me Deuzzz , quer ser tudo e mais alguma coisa, incluindo designer gráfico) e o Thiago que disse ir pensar, conclusão:“tou danou-se”...vamos lá ver o que vai sair, até lá tenho de arranjar umas calças novas para a Mushu que anda sempre com aquelas todas rotas, tenho de comprar é um bloco A3 para ver se o desenho lá cabe, senão lá terei de a encolher um bocadito...
Ósculos para todos.
6.5.06
Inquérito
A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial. A pergunta era:
" Por favor, diga honestamente qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo."
O resultado foi desastroso:
Os Europeus do norte não entenderam o que é "escassez".
Os Africanos não sabiam o que era "alimentos".
Os Espanhóis não sabiam o significado de " por favor "
Os Norte Americanos perguntaram o significado de "resto do mundo"
Os Cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre " opinião ".
O Parlamento Português está a debater o que significa " diga honestamente "
" Por favor, diga honestamente qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo."
O resultado foi desastroso:
Os Europeus do norte não entenderam o que é "escassez".
Os Africanos não sabiam o que era "alimentos".
Os Espanhóis não sabiam o significado de " por favor "
Os Norte Americanos perguntaram o significado de "resto do mundo"
Os Cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre " opinião ".
O Parlamento Português está a debater o que significa " diga honestamente "
Bom fim de semana e gozem o sol
Duas velhotas encontram-se e começam a conversar:
- Sabe comadre ontem à noite estive a ver um programa sobre sexo. E houve
algumas expressões que eu não entendi.
- Diga lá quais foram as suas dúvidas. Pode ser que eu a possa ajudar.
- Olhe não sei o que é sexo oral.
- Isso está-se mesmo a ver o que é: sexo de hora a hora.
- Então e sexo anal?
- Isso é sexo de ano a ano.
- E homossexual?
- Oh comadre está-se mesmo a ver: É detergente pros Tomates.
- Sabe comadre ontem à noite estive a ver um programa sobre sexo. E houve
algumas expressões que eu não entendi.
- Diga lá quais foram as suas dúvidas. Pode ser que eu a possa ajudar.
- Olhe não sei o que é sexo oral.
- Isso está-se mesmo a ver o que é: sexo de hora a hora.
- Então e sexo anal?
- Isso é sexo de ano a ano.
- E homossexual?
- Oh comadre está-se mesmo a ver: É detergente pros Tomates.
5.5.06
Para a querida Elipse
Ufaaa! Este deu trabalho...uma manhã a imaginá-lo, depois de experimentar "N" variantes e quase toda a tarde a desenhá-lo. Mas quem me manda a mim, meter-me com vestidos de seda, bordados a fio de ouro?...
Mas para quem é, mereceu todo o trabalho e mais que fosse; pensei-o para uma ida à Ópera ou mesmo ao Casino, numa incursão pelo lado mundano e material da vida, no fim senti que te acompanharia de bom grado a qualquer deles, depois de um belo repasto regado com óptimas conversas.
Bom fim de semana, espero que gostes.
4.5.06
Para a Wind
Ora bem, aquela questão do "que queres ser quando fores grande", veio baralhar-me um bocado o esquema, ou melhor: a Fatyly é que é a culpada disto tudo e mainada!!Mas como eu ia dizendo, baralhou pois não ia colocar aqui as mecinhas numa espécie de uniformes, das profissões pretendidas, a Wind gostaria de ter sido veterinária, ora eu não ia fazer a mecinha com uma bata branca, e pronto, não é?
Então desta vez optei pela vestimenta adequada ao que ela está a precisar, ou seja, uma saída de praia bem fresca em gaze de algodão e linho, num batik de azul e verde, sem sequer saber se ela aprecia estas cores, mas o verde será sempre a cor da esperança. Espero que tenhas gostado e com fatiota ou sem ela, vai apanhar ar puro e algum sol e sossego, mal não te fará concerteza.
Para a Fausta
3.5.06
Para a desafiadora
O primeiro tinha de ser, noblesse oblige. Bem, só vos digo que foi complicadíssimo regressar ao desenho do corpo, coisa que não fazia há muito e sempre me foi difícil, mas agora mais ainda, pois não tenho o domínio do pulso que tinha, a certeza dos traços, enfim, isto já não é o que era.
Como a Fatyly disse que o que queria ser quando fosse grande, era hospedeira de bordo (que eu acho que a dada altura também quis ser), arranjei-lhe uma "fatiota" de cocktail, com um top de renda e lycra e um chapéuzinho daqueles que se usa com véu de rede e que me faz de certo modo lembrar os uniformes das hospedeiras.
Peço desculpa pela fraca qualidade Fatyly, mas foi com a melhor das intenções e sobretudo, espero que tenhas gostado, embora não faça a mínima ideia de qual é o teu estilo; pode ser que os próximos saiam melhor, a prática ajuda sempre.
Desafio aceite
A menina Fatyly só me prega destas partidas, ainda por cima nem tem um blog onde eu possa retribuir as atenções dela, ou simplesmente "avacalhar" um bocadito.
Vou tentar regressar ao desenho, embora as mãos tremam mais ainda do que há anos atrás, de qualquer forma vou tentar desenhar roupa para cada um de vós que comentou o post anterior, quanto a mim, não vai sair nada de jeito, pois há praticamente 16 anos que não desenho roupa.
Para já quero deixar um pedido de desculpa pela ausência dos blogs que regularmente visito, mas estou tão mal da minha coluna, que nem com a cintura ortopédica consigo estar muito tempo sentada, mas se vir que não melhoro, tomo um Vioxx que tenho guardado para as emergências, pois como foi retirado do mercado, tive de racionar os que me restavam.
Desejo a todos um excelente dia e espero estar melhor logo à noite, ou amanhã. Como as dores me obnubilam as ideias, fica mais um desenhito dos meus a que chamei "memórias dispersas" e acompanha com algumas frases, mas como é em A3, tive de fazer um crop.
2.5.06
O que eu queria ser quando fosse "grande"
Desde que me lembro, para além da primeira escolha do que “se quer ser quando for grande”, cuja minha era: cabeleireira; pois quando fomos morar definitivamente para casa da minha mãe, no rés-do-chão havia uma que tinha uma filha mais ou menos da minha idade e eu ia para lá brincar com os apetrechos da mãe. A seguir a essa pretensão infantil, a que me invadiu na adolescência foi a de querer ser Estilista de moda, embora me fosse apercebendo que era tarefa quase impossível, dado não existirem escolas para formação, o mais parecido que havia era a Escola de Belas Artes em Lisboa ou Porto, o que per se, era já uma barreira intransponível a nível monetário.
No entanto, pelos anos fora fui fazendo esboços, centenas deles. Eram bloco e blocos A5, cheios de ideias “muito à frente”, como se diz agora; mas eu gostava mais de desenhar alta costura, lembro-me que em alguns até designava em que cor e tipo de tecido deveria ser feito, e mais que uma vez constatei na televisão em alguns desfiles, uns anos mais tarde, do Yves Saint Laurent e do Valentino, 2 vestidos que eu havia desenhado alguns anos antes, até as cores e os tecidos eram os que eu tinha imaginado, claro está que fiquei perplexa e nem contei a ninguém, apesar de na altura ainda ter os desenhos, pois achar-me-iam pretensiosa e pensariam que eu havia falsificado a data do desenho.
Depois aconteceu como no resto, a necessidade foi mais imperiosa que o ímpeto artístico e fui deixando de desenhar moda e entre tantas viagens para trás e para diante, a maior parte dos desenhos devem ter ficado esquecidos algures e só encontrei por acaso uns quantos em folhas A4 e estes em A5, mas estavam dobrados e o papel não é dos melhores, mas foram dos últimos que fiz em 1990, não têm nada de inovador, mas são os que estão em melhor estado para scannear.
Já agora, quais eram as vossas pretensões na adolescência, acerca do assunto em causa?
Assinar:
Postagens (Atom)